O número de vendas de ultrabooks está a ser duas vezes pior do que os analistas tinham previsto. O "ultra-preço" destes portáteis e o aparecimento de novos dispositivos móveis são apontados como as principais razões para o baixo número de vendas.

Um relatório da IHS iSuppli no início do ano apontava para a venda de 22 milhões de Ultrabooks até ao final de 2012, número que a mesma consultora reviu em baixa, estimando agora que serão vendidos 10,3 milhões de computadores ultrafinos em todo o mundo até ao final de dezembro.

A tendência negativa e a baixa aceitação do mercado relativamente aos ultrabooks em 2012, levaram à revisão dos números também para 2013: dos 61 milhões de portáteis inicialmente previstos, as novas estimativas apontam para vendas na casa dos 44 milhões.

"Até agora, a indústria dos PC falhou na criação de ruído e entusiasmo entre os consumidores, o que é necessário para transformar os ultrabooks numa tendência. Este é um problema, especialmente no meio de toda a publicidade que rodeia os tablets e smartphones. Quando combinado com outros fatores, incluindo preços proibitivos, isto quer dizer que a venda de ultrabooks não vai cumprir as expectativas para 2012", escreve Craig Stice, principal analista da IHS.

A crise económica generalizada, o aparecimento dos tablets de baixo custo e a expectativa em torno dos portáteis híbridos com Windows 8 também ajudaram a manter os consumidores longe dos ultrabooks. Em Portugal o preço médio destes computadores situa-se entre os 700 e os 1.000 euros.

Apesar dos números previstos serem revistos em baixa, a aceitação dos utilizadores a este novo estilo de computador portátil será positiva, sendo esperado um crescimento de 300 por cento no próximo ano relativamente aos ultrabooks vendidos em 2012.

As vendas destes modelos deverão continuar a crescer progressivamente até 2016, ano em que está prevista a venda de 96 milhões de ultrabooks.

Várias empresas têm apostado nos ultrabooks na expectativa de dar uma nova vida ao mercado dos computadores. Segundo Nick Reynolds, diretor executivo da Lenovo, os ultrabooks são uma aposta importante da empresa para tentar conquistar o lugar de "marca que mais computadores vende" em todo o mundo, posição atualmente ocupada pela HP.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico