Apesar dos investimentos em infraestrutura, as taxas de utilização da banda larga em Portugal continuam relativamente baixas, não ultrapassando ainda os 30%. Os números hoje revelados pela Anacom apontam para crescimentos tímidos, que são de 0,4% nos acessos fixos e 1,3% nos acessos móveis, que passam a contar com uma taxa de penetração de 22,1 e 29,8 em 100 habitantes, respetivamente. A fibra ainda não passa dos 3,2.

As ligações ADSL continuam a dominar nos acessos fixos, correspondendo a 46,1% de todos os acessos fixos, mas o peso tem vindo a descer desde o último trimestre de 2006, quando atingiu o pico máximo. O cabo é a segunda opção, com 39,5% do total de acessos em banda larga fixa.

A fibra ótica é a tecnologia de suporte que mais cresce na banda larga fixa, aumentando o número de clientes 9,9% face ao trimestre anterior para os 337 mil. 3 em cada 4 clientes de novos acessos são suportados neste tipo de rede. Mesmo assim, quatro anos depois do lançamento das primeiras ofertas, a tecnologia FTTH/FTTB é usada apenas por 3,2 em cada 100 habitantes.

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Os pacotes de serviços continuam a ser os grandes impulsionadores do acesso à Internet em banda larga fixa, sendo a opção registada por 86% dos novos clientes, escolhendo a larga maioria (77%) pacotes triple-play (com televisão e telefone fixo).

No total, o número de clientes em banda larga fixa chegou aos 2,4 milhões no final do terceiro trimestre, somando mais 40 mil assinantes.

O Grupo Portugal Telecom mantém a liderança em termos de quota de mercado na banda larga fixa, com 51,1% do mercado, subindo 0,5% face ao trimestre anterior e 9,7% desde o spin-off da PT Multimédia (em novembro de 2007), nota o relatório da Anacom.

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A Anacom cita ainda um estudo do Barómetro Telecomunicações, da Marktest, indicando que a mensalidade média do serviço de acesso à Internet individualizado era de 21,3 euros no caso da Internet fixa e de 15,5 euros no caso da Internet móvel através de placas/modem.

A despesa média mensal das famílias com ofertas em pacote variou entre 49,5 euros no caso do triple-play (que inclui o telefone fixo, acesso à Internet e assinatura de televisão) e os 26,5 euros no caso do double-play (só telefone e Internet).


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Fátima Caçador