A Coligação para Competências e Empregos Digitais nasce com o propósito de preencher, até 2020, o hiato que existe hoje entre aquilo que são as necessidades do mercado de trabalho e as competências digitais dos europeus.

Este grupo é composto por Estados-membros, bem como por organizações não-governamentais e empresas do sector privado, e é um dos 10 elementos estruturais da Nova Agenda de Competências para a Europa, apresentada em junho e que pretende tornar a economia europeia mais competitiva.

Entre as 30 entidades que formam a Coligação está a Google, a SAP, a ESRI e o centro de desenvolvimento de conhecimentos digitais ECDL.

O vice-presidente para o Mercado Único Digital, Andrus Ansip, acredita que as ferramentas digitais são essenciais para imergir cada vez mais os cidadãos na Economia Digital e que a unificação dos mercados europeus só pode acontecer quando a escassez de conhecimentos digitais for mitigada.

Por sua vez, Günther H. Oettinger, diz que esta falta de capacidades já está a impedir a inovação e o crescimento da Europa. O comissário europeu para a Economia e Sociedade Digitais refere que este é um obstáculo transversal a todas as organizações, do setor privado e também do público.

Dados oficiais indicam que se espera que, até 2020, exista uma falta de cerca de 750 mil profissionais da área das Tecnologias da Informação e Comunicação na Europa e que perto de 45% dos cidadãos europeus não tem mais do que as competências digitais básicas, algo que pode já não ser suficiente para singrar num mundo profissional crescente digitalizado.

Esta nova iniciativa da CE surge no seguimento da Grande Coligação para Empregos Digitais que foi lançada em 2013 e que desde então já formou mais de dois milhões de pessoas.

Nos próximos três anos, espera-se que a nova Coligação seja capaz de formar um milhão de jovens europeus que estão desempregados e treiná-los para preencher vagas para aquilo que chama de “empregos digitais”.

Além disso, está também prevista a atualização de competências digitais de quem já se encontra empregado e reformular os planos pedagógicos para que os estudantes possam, desde logo, ter contacto com ferramentas digitais.