Dois homens foram detidos no seguimento de uma investigação a um conjunto de burlas informáticas que acabaram por revelar um site bancário falso como denominador comum.

Os suspeitos criaram um site idêntico ao do Montepio e contactaram vários clientes do banco através de e-mail, usando técnicas de phishing, para que estes procedessem à alteração dos seus dados de homebanking. Desta forma, conseguiram obter acesso a nomes de utilizador, palavras-chave e combinações dos cartões matriz dos burlados.

Este conjunto de dados permitiu que Erick Júnior, Joaquin Moles e Bruno Hermenegildo, que têm entre 24 e 31 anos, fizessem depois algumas transações online. No total, conta o Correio da Manhã na edição desta segunda-feira, os homens conseguiram desviar cerca de 96 mil euros de 16 contas diferentes.

As vítimas são do Porto - cidade de onde foi feita a primeira queixa -, Lisboa, Olhão, Aveiro e Guimarães.

O grupo contou com a ajuda de vários cúmplices, que disponibilizaram as suas contas bancárias para receberem o dinheiro desviado, mas dois dos seus elementos já foram detidos. Bruno Hermenegildo, no entanto, continua em liberdade.

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O julgamento está marcado para o próximo dia 19 de setembro, no Tribunal de São João Novo, no Porto. Os suspeitos estão acusados de "16 crimes de acesso ilegítimo, 76 crimes de falsidade informática e 72 de burla informática". Os crimes foram cometidos entre 8 de janeiro e 3 de fevereiro de 2016.

As investigações, no entanto, continuam. A Polícia Judiciária continua à procura dos cúmplices que facilitaram o movimento dos fundos desviados e que ajudaram o trio a erguer o portal falso que enganou as vítimas. Estes ainda não foram todos identificados, mas sabe a PJ que receberam recompensas pela sua colaboração nos crimes.

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O Montepio esclareceu em comunicado, à altura das primeiras queixas, que este era "um crime transversal a todo o setor financeiro e que surge como consequência da fragilidade humana dos clientes".

O CM adianta ainda que o dinheiro não foi todo devolvido às vítimas, mas que, em alguns dos casos, foi possível cancelar as operações a tempo, fazendo com que uma pequena parte desta quantia fosse reavida.

O dinheiro foi maioritariamente utilizado para adquirir bens online, que eram depois vendidos a terceiros.

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