No Dia da Internet Segura, assinalado esta terça-feira, a Comissão Europeia apelou às empresas gestoras de redes sociais para reforçarem a sua política de segurança relativa às crianças.

Analisando as acções conduzidas pelas cerca de 20 empresas que assinaram no ano passado os Safer Social Networking Principles, um conjunto de princípios para tornar as redes sociais mais seguras, tendo em vista a protecção dos mais jovens, o Executivo europeu mostra-se agradado com alguns dos resultados, mas considera que é necessário "ir mais longe".

A maioria destes serviços, onde se contam os populares Facebook, YouTube, Windows Live, Xboxlive, Myspace e Flickr, colocou à disposição dos menores ferramentas para enfrentarem, eles próprios, os riscos online, tornando mais fácil a mudança dos parâmetros de confidencialidade, o bloqueio de utilizadores ou a eliminação de comentários e conteúdos indesejados.

No entanto, são menos de metade (40%) as empresas de redes sociais que, por regra, tornam os perfis dos utilizadores com menos de 18 anos visíveis somente para os amigos e apenas um terço as que responderam aos pedidos de ajuda dos utilizadores, nota a CE.

Em apenas 11 de 22 sítios é impossível encontrar os perfis privados dos menores através de motores de busca. Arto, Bebo, Facebook, YouTube, MySpace, Piczo, SchülerVZ, Windows Live, Yahoo! Answers, Yahoo!Flickr e Zap são as comunidades que "protegem" os seus utilizadores mais jovens nas pesquisas.

"No ano passado, a Comissão Europeia apelou às empresas para que agissem e estou contente por muitas delas terem respondido a esse desafio. No entanto, espero que todas elas façam mais", salientou a comissária europeia responsável pela Sociedade Informação e os Media , Viviane Reding, sugerindo que os perfis dos menores devem, por regra, ser colocados na categoria "dados privados" e as perguntas ou as comunicações de abusos têm de obter respostas rápidas e adequadas. "A Internet é hoje em dia vital para os nossos filhos, pelo que é responsabilidade de todos torná-la segura".

O apelo surge numa altura em que 50 por cento dos adolescentes europeus divulgam informações pessoais na Web, informações essas que podem permanecer online para sempre e ser vistas por qualquer pessoa.