O problema parece estar ligado à possibilidade de existir uma falha de segurança nos dispositivos que podia levar a que hackers acedessem aos equipamentos e fizessem com que a bateria se esgotasse mais rapidamente ou mesmo levar a que o aparelho alterasse o ritmo cardiaco do utilizador.

Os 465 mil pacemakers não vão ser retirados dos pacientes, até porque isso iria implicar procedimentos médicos de elevado risco. O que vai acontecer é que os aparelhos vão ter de receber um update de software realizado por profissionais de saúde de forma a garantir uma maior segurança dos pacientes.

Ao que o The Guardian avança, seis tipos de pacemaker fabricados pela Abbott e vendidos pela marca St Jude Medical, podem estar afetados por este problema. Os aparelhos são todos controlados via ondas radio que, normalmente, são implantados em pessoas que têm um ritmo cardíaco lento, irregular ou que estejam a recuperar de um ataque cardíaco.

Até ao momento não existe qualquer registo de um acesso não autorizado aos aparelhos que estão implementados nos pacientes. O US Department of Homeland Security recomenda que os pacientes sejam informados do processo que vai ser realizado e que sejam alertados tanto dos riscos da "operação" como dos riscos que podem correr caso o update não seja feito.

Apesar do risco de serem hackados ser muito baixo, é sempre recomendado que as pessoas realizem o update caso a operação não implique nenhum risco de maior gravidade para a saúde do paciente.