A Inteligência Artificial vai passar a “policiar” os conteúdos publicados na maior rede social do mundo e identificar aqueles que não se coadunem com os princípios sobre os quais assenta o Facebook.

Joaquin Candela, diretor da área de machine learning, explica que este algoritmo tem como objetivo detetar conteúdos que transmitam violência, nudez, “ou qualquer outro que não esteja de acordo com as nossas políticas”, cita a Reuters.

O Facebook já utiliza mecanismos automáticos de deteção de conteúdos impróprios, mas consta que agora está a reforçar a sua eficácia e a dar-lhes a capacidade para analisarem os vídeos transmitidos em direto.

Estas notícias chegam depois de a rede social – e de o próprio CEO Mark Zuckerberg – ter sido acusada de censurar conteúdos quando não existiam razões para tal e de permitir a disseminação das chamadas “fake news”, ou notícias falsas, um fenómeno tão mediatizado que até foi apontado como deturpador dos processos de eleições democráticas.

No início de novembro, um grupo de defensores dos direitos humanos escreveu uma carta a Zuckerberg, apontando-lhe um dedo acusatório e dizendo que a rede social estaria a ser manipulada por interesses políticos e a negligenciar a sua missão principal: ser a voz de todos os cidadãos.

Até agora, a plataforma tem contado, quase exclusivamente, com a ajuda dos utilizadores para detetar publicações ofensivas. Com a adição da IA, essa triagem passará a ser mais rápida e feita de forma automática. Mas a questão que se poderá colocar é a seguinte: será mais precisa?