As gigantes da Internet enviaram ao comité que está a preparar a legislação o seu parecer relativamente às novas medidas, considerando que as mesmas poderão ter “implicações de longo alcance”.  

Facebook, Google, Microsoft, Yahoo e Twitter acreditam que “outros países vão imitar” a chamada Investigatory Powers Bill, que inclui medidas controversas como obrigar os ISPs a manterem os registos de toda a atividade Internet dos seus clientes durante 12 meses.

Entre as medidas previstas está também o acesso aos registos de utilização da Internet dos cidadãos britânicos sem que seja necessária qualquer autorização judicial prévia.

O projeto-lei prevê ainda a recolha de grandes volumes de comunicações e outros dados pessoais pelas agências de segurança britânicas, bem como a utilização de “equipamentos com poderes de interferência”, ou seja, dispositivos que permitam “invadir” computadores e telefones, quando estejam em causa a segurança nacional e o bem-estar económico do país.

A proposta foi apresentada pela ministra da Administração Interna Theresa May, no ano passado, com o objetivo de combater o crime organizado, o terrorismo e o cyberbullying. No entanto, tem sido bastante criticada pela indústria, acusada de ter um âmbito demasiado alargado e linguagem vaga.

Segundo as declarações da responsável na altura, a revisão cria uma legislação única, tornando a cibervigilância do país mais aberta e transparente do mundo.