Numa reunião de dois dias à porta fechada, o grupo europeu de privacidade delineou uma nova estratégia que inclui a possibilidade de verificar a conformidade das regras de privacidade da Google com as normas dos diferentes países, especialmente aqueles onde a gigante da Internet mantém datacenters. A informação é avançada pelo The New York Times, que assegura que esta semana deverá ser feito um comunicado oficial.

O grupo do Artigo 29, que reúne as entidades responsáveis pela defesa da privacidade nos 27 Estados-membros, tem vindo a questionar a Google sobre as políticas de privacidade da empresa nos vários serviços, nomeadamente na pesquisa e nos mapas.

Ainda em outubro o mesmo grupo tinha pedido à Google que alterasse uma série de políticas ligadas à privacidade, depois de uma análise do regulador francês, a Comissão Nacional de Informática e Liberdades francesa (CNIL).

Na altura Larry Page defendeu a política de privacidade unificada da Google, afirmando que era necessária para lançar novos produtos.

O grupo europeu está a focar a sua análise nas novas regras de recolha de informação impostas este ano pela Google aos utilizadores. Sempre que estão autenticados, a Google pode usar a informação partilhada num serviço.

Segundo o mesmo jornal, a Google ainda não respondeu oficialmente ao relatório do grupo de privacidade, embora em outubro tivesse afirmado que estava a rever as recomendações da CNIL.

Atualmente a aplicação de multas por violação da privacidade tem de ser feita de forma individual por cada Estado membro da União Europeia, e os valores envolvidos são baixos, mas está a ser preparada uma atualização da lei que prevê a possibilidade de multar as empresas até 2% das receitas anuais, o que no caso da Google poderia elevar o valor a 760 milhões de dólares.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico