A Google está a aventurar-se no desenvolvimento de um novo produto que pode aprimorar imagens de baixa resolução ao ponto de tornar humanamente compreensíveis, simples manchas de 64 píxeis coloridos.

Com recurso a sistemas de inteligência artificial, o sistema consegue imaginar e construir autonomamente os detalhes de uma imagem imperceptível, multiplicando os píxeis existentes e alinhando-os de forma a construírem uma figura de resolução superior.

Na prática existem duas redes neuronais artificiais que trabalham em conjunto para construir uma versão mais nítida da imagem analisada. Uma delas encarrega-se de mapear os pontos existentes e de a comparar com versões semelhantes e mais claras de fotografias presentes na sua base de dados, enquanto a outra, a "mais importante", tem a função de detalhar a imagem ao ponto de a deixar mais perceptível ao olho humano.

Nos testes conduzidos, os resultados ficaram aquém da perfeição. No entanto, e apesar de se terem registado algumas conclusões bem distanciadas da realidade, o sistema consegue, com alguma frequência, gerar uma imagem muito semelhante à sua versão aprimorada. Afinal, de uma fotografia com uma resolução de 8 x 8, este sistema consegue gerar uma nova de 32 x 32 com 1.024 píxeis, mais 960 do que a inicial.

Nas vezes em que o sistema falha, é de sublinhar que não o faz redondamente. Os resultados são sempre nítidos e embora apresentem uma ou duas incongruências face à versão real, os processamentos conduzidos tornam sempre a imagem numa figura clara. Se a fotografia submetida for, de facto, um quarto, o programa montado pela Google Brain vai fazer surgir um quarto em quase 100% das vezes. A diferença, residual, pode residir na cor dos lençóis da cama ou na forma da secretária.

Ainda em fase de desenvolvimento, o sistema foi já idealizado em vários filmes de ficção científica e tem uma série de potenciais aplicações ao mundo real. Em smartphones, por exemplo, este processamento poderá ser facilmente utilizado na correção de zonas menos definidas em fotografias captadas. Por outro lado, numa fase mais avançada, o produto pode ser aplicado por parte das polícias locais de forma a identificar suspeitos registados em imagens de CCTV.

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