A Google respondeu ao mais recente Statement of Objections da Comissão Europeia (CE), onde é cusada de abuso de posição dominante, desta vez, no que às ferramentas online de comparação de preços diz respeito.

A gigante tecnológica argumenta que as acusações de Bruxelas são “incorretas do ponto de vista factual, legal e económico”, apenas em nome do interesse “de um reduzido número de websites”.

“À medida que o mercado vai mudando, há também alterações entre os concorrentes. Os dados disponíveis mostram que o punhado de websites comparadores de preços que apresentaram as reclamações de concorrência não refletem o mercado no seu conjunto”, escreve Kent Walker, SVP and General Counsel, na carte de resposta.

“Existem centenas de comparadores de preços - não apenas seis. Nos últimos 10 anos, muitos ganharam tráfego e outros perderam tráfego”, continua, defendendo que “não existe correlação significativa entre a evolução dos nossos serviços de pesquisa e o desempenho dos websites de comparação de preços”.

Como prova disso, Kent Walker, acrescenta que ao longo dos últimos 10 anos o volume de tráfego enviado pela Google para estes sites como o da Amazon ou da eBay foi cada vez maior, “à medida que estas companhias se expandiam na Europa, o que dificilmente será um sinal de que uma companhia ‘favorece’ os seus próprios anúncios”.

O processo de investigação à Google na Europa é antigo e já passou pelas mãos de dois comissários europeus. Em abril deu finalmente lugar a uma acusação formal, depois de avanços e recuos na investigação, encontros entre as partes e propostas da Google para se pôr de acordo com a visão europeia que nunca foram consideradas suficientes pelos responsáveis europeus. 

A tecnológica tinha usado do direto de resposta quanto às acusasões agora em questão, num primeiro momento, em agosto último.