Nos últimos três meses a Google registou mais ciberataques com suposta origem governamental a utilizadores do Gmail do que o previsto nos seus avisos de junho, quando lançou um alerta no serviço de correio eletrónico sobre possíveis ataques patrocinados por entidades estatais.


Ontem, a empresa voltou a lançar o aviso de alerta aos utilizadores que considera vulneráveis a tais ataques, com a justificação de que tem registado um aumento significativo de novos métodos de tentativas de intrusão, que já visaram dezenas de milhares de utilizadores.


Segundo o gestor da equipa de segurança da Google, Mike Wiacek, citado pelo New York Times (NYT), a empresa tem registado um aumento da atividade alegadamente patrocinada por entidades estatais, sobretudo com origem em vários países do Médio Oriente.


Por outro lado, jornalistas, ativistas de direitos humanos e especialistas em política externa dos EUA citados pelo mesmo jornal, começaram ontem a indicar o reaparecimento do aviso da Google nas suas contas de correio eletrónico.


O NYT cruza estas declarações com informações recentes sobre a suposta utilização de spyware por entidades governamentais do Irão, Qatar, Bahrain e Emirados Árabes Unidos, divulgadas por vários especialistas em segurança informática. "Temos sem dúvida assistido a mais atividade a partir do Médio Oriente, e em particular o Irão tem aumentado a sua atividade, à medida que fazem crescer as suas cibercapacidades" afirmou George Kurtz, presidente da empresa de segurança CrowdStrike.


Com o aumento da atividade associada a ciberataques, a Google refere que fará surgir com mais insistência o aviso iniciado em junho: "Alerta: Acreditamos que cibercriminosos patrocinados por entidades estatais podem estar a tentar aceder à sua conta ou ao seu computador. Proteja-se".


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