O governo do Equador admitiu ter "restringido temporariamente o acesso a algumas comunicações privadas" de Julian Assange na embaixada do país em Londres, onde o australiano se encontra exilado desde 2012. A decisão foi tomada após a publicação de um "conjunto de documentos que têm impacto na campanha eleitoral norte-americana" por parte do WikiLeaks.

Num comunicado emitido esta terça-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros justifica o exercício deste "direito soberano" com o "princípio de não-intervenção nos assuntos internos de outros Estados".

No mesmo documento lê-se também que "a política externa equatoriana responde a decisões soberanas e não cede a pressões externas", reiterando a inexistência de qualquer envolvimento dos Estados Unidos na decisão. Uma declaração que, no entanto, não parece convencer os membros do Wikileaks.

Na conta oficial do portal no Twitter, o grupo alega, citando fontes não identificadas, que John Kerry, atual secretário de Estado norte-americano, terá pressionado o governo do Equador para evitar que fossem publicados mais documentos sobre Hillary Clinton. De acordo com o mesmo tweet, as conversas aconteceram à margem da cerimónia de assinatura do acordo de paz entre a Colômbia e as FARC, no final do passado mês de setembro. O Departamento de Estado dos EUA já desmentiu as acusações.

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