O número de dispositivos que podemos ligar à Internet tem vindo a aumentar, trazendo um sem número de vantagens, mas também é verdade que, tal como acontece com outras tecnologias recentes, há riscos associados, ou pelo menos alguns cuidados a ter na sua utilização, alerta a Kaspersky.

A empresa “pegou” numa câmara IP para monitorizar um bebé, numa máquina de café e num sistema de segurança doméstico, todos controlados através de smartphones e, em resultado dos testes feitos, constatou que a maioria destes dispositivos é vulnerável.

A câmara que monitoriza o bebé permitia a um hacker, que usou a mesma rede, se ligasse, pudesse ver vídeos e lançar áudios a partir da própria câmara. Outras câmaras do mesmo fabricante permitiam aos hackers obter passwords de utilizador. A investigação demonstrou que também era possível a um hacker obter a palavra passe da câmara e alterar maliciosamente o firmware a partir da mesma rede.

Quando se trata de máquinas de café controladas por smartphones, nem sequer é necessário um hacker estar na mesma rede que a vítima. As máquinas analisadas enviavam informações não encriptadas, permitindo descobrir a password de toda a rede Wi-Fi do seu proprietário.

Ao examinar o sistema de segurança doméstico controlado através de um smartphone, os analistas descobriram que os problemas de software do sistema eram mínimos, pelo que o sistema era suficientemente seguro para resistir a um ataque cibernético. Mas a vulnerabilidade está num dos sensores utilizados pelo sistema. 

O sensor de contacto, concebido para ativar o alarme quando uma porta ou janela é aberta, funciona através da deteção de um campo magnético emitido por um íman montado na porta ou janela. Quando a porta ou a janela se abrem, o campo magnético desaparece, fazendo que o sensor envie mensagens de alarme para o sistema. No entanto, se o campo magnético permanecer no lugar, nenhum alarme será enviado.

Durante a análise, os especialistas da Kaspersky Lab utilizaram um íman simples para substituir o campo magnético do íman na janela. Assim, tornava-se possível abrir e fechar uma janela sem ativar o alarme. 

"Qualquer dispositivo ligado, controlado por uma aplicação, tem, quase certamente, pelo menos um problema de segurança. Os hackers podem explorar várias dessas vulnerabilidades ao mesmo tempo e por isso é tão importante que os fornecedores resolvam todos os problemas - inclusive aqueles que não são críticos”, refere Victor Alyushin, analista de segurança da Kaspersky Lab, numa nota enviada à imprensa. “Essas vulnerabilidades devem ser resolvidas antes de o produto chegar ao mercado, uma vez que se tornará muito mais difícil resolver um problema quando um dispositivo foi vendido a milhares de casas”, sublinha. 

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