"Não é comum encorajarmos os utilizadores a deixarem de usar um dos nossos produtos, mas para o Internet Explorer 6 abrimos uma excepção". Foi assim que a Microsoft introduziu, através da sua conta oficial no Twitter, uma campanha que está a levar a cabo para acabar com a utilização da versão 6 do seu navegador Web.

Apesar de ter sido lançado há dez anos, o browser continua a gozar de grande popularidade, sendo usado por 12 por cento dos internautas a nível mundial, segundo a contagem da Net Applications até 28 de Fevereiro, cujos números são citados pela Microsoft.

O objectivo é reduzir essa percentagem para 1 por cento, uma evolução que pode ser acompanhada no site "Internet Explorer Countdown"criado para o efeito, onde é mostrada a evolução da percentagem de utilizadores do IE6 nas várias regiões do globo.

Em Portugal, 2,4 por cento dos internautas ainda recorriam, em Fevereiro, àquela versão do navegador, que no seu período "áureo" (2002/2003), quando chegou "a reboque" do Windows XP, chegou a ter quotas de mercado global de 95 por cento. Actualmente, a China é o país onde a utilização é maior, com a versão 6 do IE a contar com uma quota de 5,4 por cento do mercado dos browsers.

"O Internet Explorer 6 nasceu há dez anos. Agora, que estamos em 2011, numa era de novos standards Web, chegou a hora de lhe dizer adeus", escreve a empresa, invocando também o argumento de isso vai fazer com que também os sites deixem de suportar esta versão e "poupar horas de trabalho aos programadores".

Numa altura em que a companhia se prepara para lançar a versão final do Internet Explorer 9, que representa uma forte aposta em novidades como a aceleração por hardware e os novos standards Web, como o HTML5, o responsável mundial do IE9 explica que uma das principais razões pelas quais a transição para as novas versões é lenta prende-se com as empresas, e não com o utilizador final.

A esse respeito a companhia adverte não só para a desadequação dos browsers antigos face às características actuais da Web, como também para os problemas de segurança que podem advir do seu uso.