Dados do mais recente Eurobarómetro indicam que 72% dos europeus, dos 15 aos 45 anos, usam a internet, pelo menos, uma vez por semana para ver notícias. Destes, cerca de 42% usam como fonte primária os sites e apps de jornais e revistas.

Mas há utilizadores que preferem ir por outros caminhos. Cerca de um quarto (22%) dos inquiridos utilizam as redes sociais como fonte de notícias, 21% recorrem aos motores de busca e 14% escolhem visitar portais agregadores de conteúdos produzidos por outros meios de comunicação.

De entre os elementos deste grupo, 47% dizem que não chegam a clicar no artigo para ler o conteúdo na sua totalidade, ficando-se pelas “letras gordas”, como se costuma dizer.

No entanto, a escolha dos meios de consumo de notícias é pautada por um par de critérios que é comum a mais de metade dos europeus abrangidos pelo estudo da Comissão Europeia. Ao que parece, 77% dos inquiridos dão prioridade a serviços que sejam gratuitos, ao passo que 54% regem a sua escolha pelo facto de não ser preciso registarem-se no serviço para acederem aos conteúdos.

Os hábitos de consumo de notícias também variam consoante as faixas etárias. Por exemplo, cerca de 75% dos europeus entre os 35 e os 45 anos leem notícias na internet pelo menos uma vez por semana, enquanto entre os 15 e os 24 anos esta percentagem cai para os 67%.

Quanto à música, as discrepâncias entre os grupos etários é bastante maior. São 78% os europeus entre os 15 e os 24 anos que dizem ouvir música online, face aos 50% da faixa 25-45 anos.

Os sites de partilha de música são preferidos pelos utilizadores europeus (31%), comparativamente a serviços de streaming (22%), rádios online (16%) e redes sociais (14%).

Nos últimos tempos, a TV tradicional tem vindo a perder terreno para as “TV online”, para serviços que oferecem séries e filmes, pagos ou gratuitos. O Netflix é talvez um dos melhores exemplos desta transição.

Neste sentido, o Eurobarómetro mostra que, no que toca ao consumo de séries e filmes na internet, 25% dos inquiridos preferem utilizar sites profissionais (ou seja, nada de pirataria) de streaming, sejam pagos ou gratuitos. Cerca de 22% optam por sites de partilha de vídeos, enquanto 19% recorrem aos serviços online de emissoras televisivas.

O segmento dos 15 aos 24 anos mostra uma maior propensão para ver TV online do que a faixa dos 25 aos 35, segundo os dados.

Já no que diz respeito à pesquisa de imagens online, 53% dos inquiridos preferem utilizar os motores de busca. Apenas 27% recorrem às redes sociais como fonte de imagens e 12% optam por utilizar sites de partilha de imagens.

Neste campo, 64% dos membros do grupo dos 15 aos 24 anos procuram imagens na internet, enquanto no conjunto dos 34 aos 45 apenas 45% o fazem.