O editor executivo do LinkedIn acredita que a plataforma destinada a traçar e manter contactos profissionais não é atingida por fenómenos das notícias falsas que tanto afetou a credibilidade do Facebook, porque os utilizadores “policiam-se” uns aos outros.
Em entrevista ao Recode, Daniel Roth afirma que o LinkedIn e o Facebook são tão diferentes como o local de trabalho e a nossa casa. Segundo ele, a política e alguns outros temas geradores de polémica e animosidade não têm frequentemente lugar na plataforma. Quando têm, os próprios utilizadores agem como moderadores dos comentários feitos às publicações.
Outro elemento diferenciador é a existência de uma equipa humana de editores de conteúdos, sublinha Roth, ao contrário do que acontece no Facebook, que em agosto abdicou dos seus editores em prol de um algoritmo já tão criticado e responsabilizado pela disseminação desenfreada de desinformação na maior rede social do mundo.
O responsável refere que vê com bons olhos artigos publicados no LinkedIn que reflitam acerca dos impactos de decisões políticas sobre os negócios, mas admite franzir o sobrolho face a conteúdos que abordem pura e simplesmente temas políticos.
O facto de os comentários publicados nesta rede poderem ser vistos pelos patrões, pelos empregados e colegas e por atuais e possíveis parceiros de negócio fazem com que os utilizadores sejam mais contidos naquilo que escrevem, conclui Dan Roth.
Recorde-se que ainda esta semana a credibilidade do Facebook voltou a ser posta em causa, depois da sua funcionalidade Safety Check ter emitido um alerta de bomba em Banguecoque com base em publicações que divulgavam informações erradas, o que sugere que o automatismo pode não ser a melhor opção em determinadas situações.
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