A Imperva Incapsula publicou o seu relatório anual, relativo ao ano de 2016, sobre o tráfego de bots na internet e descobriu que mais de metade do tráfego não é feito por humanos.

A empresa de segurança examinou mais de 16,7 mil milhões de visitas em 100 mil domínios escolhidos aleatoriamente e descobriu que 48,2% do tráfego é realizado por humanos, com o restante a ser dividido por bots “bons” e “maus”. Os bots são programas que automatizam tarefas. Podem ser usados para recolher e organizar informação, para simular ações humanas (como os chatbots do Messenger, que interagem com o utilizador para facilitar o contacto com marcas), ou para fins maliciosos, como distribuir spam ou inflacionar o número de acessos a sites, por exemplo.

No total, são 22,9% os bots “bons”, como as “aranhas” do Google, que vasculham a internet à procura de novos sites para indexar ao motor de busca. Aliás, as “aranhas” do Google e os feed fetchers do Facebook representam 8% de todo o tráfego de internet do mundo. Os bots “maus”, que representam 28,9% da internet, são tipicamente utilizados para roubar conteúdo de sites, criar páginas de spam ou desligar sites através de ataques.

Em relação a 2015, a percentagem de humanos na internet diminuiu; nesse ano, 51,5% do tráfego era gerado por humanos. A grande diferença de 2015 para 2016 foi o crescimento de 3,4% nos bots “maus”. Os bots usados para provocar algum tipo de dano ao utilizador registaram um decréscimo de apenas 0,1%. Estima-se que, nos Estados Unidos, os bots custem mais de 6,5 mil milhões de euros às agências de publicidade.