"No digital temos a possibilidade de, à distância de um clique, mudar o mundo", lembrou Alexandre Nilo Fonseca, diretor executivo da iniciativa durante a apresentação, recordando o Ice Bucket Challenge que mobilizou milhões de pessoas para a contribuírem para a investigação da ELA. Mas para isso é preciso reduzir o número de pessoas que nunca utilizaram a internet, aumentar aqueles que o fazem com maior nível de competências e também ajudar a desenvolver serviços novos.

Alexandre Nilo Fonseca nota que "este movimento nasce da fusão de vontades de mais diversos sectores" e que "é uma iniciativa não de meses mas para os próximos anos".

O movimento junta empresas, associações e o Estado Português e entre as entidades promotoras estão a AMA – Agência para a Modernização Administrativa, mas também o MEO, o SAPO, a Vodafone e os Banco BPI,  Crédito Agrícola e Santander Totta, assim como a Microsoft e Google, a Associação DNS.PT e a EDP, entre outras.

Os 12 representantes destas entidades subiram ao palco para a assinatura formal do protocolo, que é feita em computadores Microsoft Surface, com o uso do Cartão de Cidadão, e assinatura digital, como seria de esperar num movimento como este.

tek dentro assinatura muda

Entre as ambições referidas pelo MUDA está a redução para metade do número de pessoas que continuam excluías da internet, que ainda é de cerca de 26% da população portuguesa, normalmente os mais idosos e com menores rendimentos. O movimento quer que o número não ultrapasse os 15% em 2020.

A iniciativa está estruturada em 9 pilares, desde o acesso ao comércio eletrónico e comunicação digital, passando pela literacia, etiqueta, legislação e saúde, mas igualmente pela segurança digital.

No site do MUDA vai haver um quizz que permite aos cidadãos avaliar  os seus níveis de literacia digital e está previsto ainda um roadshow pelo país. O site será lançado ainda hoje e já tem um countdown.

Será ainda criada uma rede de espaços MUDA que é constituída por lojas e balcões dos parceiros MUDA. Aqui os utilizadores vão poder desenvolver os seus conhecimentos e será suportado por uma rede de voluntários.