O Netflix tem 74 milhões de utilizadores em todo o mundo e já chega a mais de 190 países. O processo de expansão global foi concretizado em janeiro deste ano, depois de um período de expansão na Europa que também envolveu Portugal.

Mas a ‘fama’ traz os seus pontos negativos, neste caso o cada vez maior interesse dos piratas informáticos no serviço. O que acontece é que cada vez mais o nome do Netflix é usado em esquemas de roubo de informações.

O alerta é dado pela empresa de segurança Symantec. Há malware disfarçado de executável do Netflix, havendo também campanhas de phishing que usam o nome do serviço. E esta ‘epidemia’ parece ser global.

Um dos elementos em destaque no relatório da Symantec é o facto de o mercado negro de contas Netflix ser cada vez maior. Pois os ataques feitos pelos cibercriminosos tentam apenas obter as credenciais de acesso do serviço.

Os dados para o login são depois vendidos a 25 cêntimos de dólar por conta - um valor muito distante dos 7,99 euros do pacote base da plataforma de streaming.

A Symantec diz que os preços praticados são tão baixos que permitem até que algumas pessoas façam compras em grande volume para posterior revenda.

Os cibercriminosos alertam mesmo os compradores para não alterarem as passwords. Porquê? Porque na prática o utilizador ‘verídico’, o que paga pelo serviço, pode ter ao mesmo tempo um utilizador ‘sanguessuga’ na sua conta sem que o saiba. Se a password for trocada então saberá que há algo de errado com a conta.

Além da exposição dos casos que funcionam ao mesmo tempo como alerta, a Symantec relembra os utilizadores que só devem descarregar o Netflix de fontes oficiais - site da empresa e lojas de aplicações dos principais sistemas operativos, por exemplo - e que qualquer oferta vantajosa ou suspeita relativa ao serviço deve ser analisada com cautela.