A PayPal vai deixar de oferecer proteção aos clientes que utilizarem a sua carteira virtual para financiar campanhas de crowdfunding. Na prática, significa que quem participar em projetos mal sucedidos não continuará a contar com o apoio da marca para proteger o seu investimento. A medida entrará em vigor a partir de 25 de junho deste ano.

A participação em campanhas deste tipo tem algum risco inerente. Atualmente, são vários os relatos de histórias de insucesso e descontentamento gerado por iniciativas que não conseguiram dar a melhor resposta aos seus financiadores. O próprio Kickstarter, que também não se responsabiliza por campanhas mal sucedidas, previne os seus utilizadores com um estudo que providencia alguns dados a ter em conta: 9% dos projetos falham em entregar os prémios prometidos; as campanhas que reúnem menos de 1.000 dólares em financiamento têm mais probabilidade de falhar; apenas 65% dos utilizadores inquiridos receberam as suas encomendas a tempo.

Esta nova abordagem do PayPal a este tipo de campanha, também representa uma padronização na sua resposta. A empresa declarou: "[...] excluímos os pagamentos feitos a campanhas de crowdfunding do nosso programa de proteção do consumidor. Isto é consistente com os riscos e incertezas que envolvem a contribuição a campanhas de crowdfunding que não garantem retorno ao investimento feito neste tipo de campanha. Trabalhamos com os nossos parceiros de crowdfunding de forma a encorajar angariadores de fundos a comunicar a doadores, os riscos envolvidos em investir nas suas campanhas".

Assim, a partir de 25 de junho, nenhum cliente que utilize a sua carteira virtual do PayPal poderá contar com a empresa para fazer valer os direitos reconhecidos nos seus programas de proteção à compra, onde constam questões como atrasos nas encomendas, produtos defeituosos, ou reembolsos para entregas que não se concretizam. 

Até agora, os pagamentos feitos através deste sistema eletrónico acabavam por contar com uma proteção adicional, já que a empresa tentava seguir uma política de retenção dos valores recebidos, até que o destinário entregasse o produto prometido ao cliente. Se a entrega não fosse concretizada devolvia o dinheiro e mesmo nos casos em que não conseguia fazer essa retenção, muitas vezes assegurava algum tipo de recompensa pela compra mal sucedida.  

No passado, a empresa já tinha declarado não se responsabilizar por complicações que envolvessem pagamentos na plataforma Kickstarter, agora define a mesma política para todas as plataformas de financiamento comunitário.

Para além da campanha de crowdfunding, o PayPal também passa a não providenciar apoio em "qualquer compra ou montante pago a agências governamentais" e "apostas ou outras atividades que requeiram uma caução e um prémio".

Em Portugal, o recurso a este sistema de pagamento, mais que duplicou durante o último ano. 

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