A “viagem” demorou cerca de três anos a preparar, mas a NAU está “pronta a navegar”, assim se garantiu durante o evento que assinalou oficialmente o lançamento da nova plataforma, esta quarta-feira, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.
Num passeio pelo passado, Rui Ribeiro, responsável pela iniciativa, partilhou o roteiro de acontecimentos que levaram ao surgimento da NAU e que passou pelo contributo que deu na construção do primeiro site do Ministério da Educação, disponível aqui.
Classificando o novo projeto como “ambicioso”, revelou que a NAU vai “ser mais do que uma MOOC” porque, a plataforma que tem como uma das bandeiras a transmissão da língua portuguesa (a 5ª mais falada no mundo) pelo mundo, vai respeitar os dados dos utilizadores, guardando-os numa cloud própria, e as normas de acessibilidade, ao ter suporte à Língua Gestual Portuguesa.
O seu desenvolvimento contínuo foi também um dos fatores diferenciadores apontados, tendo sido dado como exemplo a inclusão de vídeos adicionais na plataforma como suporte para língua gestual portuguesa.
Depois de explicar “como se pode embarcar na NAU”, Rui Ribeiro ainda teve tempo para apelar aos secretários de Estado presentes que ajudem na promoção e no avanço do projeto.
NAU e INCoDe.2030
O coordenador Nacional da Iniciativa Portugal INCoDe.2030, Pedro Guedes de Oliveira, subiu ao palco para explicar de que forma o Projeto NAU poderá ser inserido no INCoDe. 2030 e ressalvou que a NAU terá um particular impacto em três eixos: na educação, na qualificação e na especialização.
Na educação, permitirá o acesso dos jovens em formação escolar a informação complementar sobre os temas de estudo e será um estímulo à autonomia da aprendizagem e ao aprofundamento de certos temas.
Inserida no INCoDe.2030, a NAU também vai disponibilizar materiais de apoio à formação profissional, vai ser um apoio ao auto-estudo na aprendizagem e ao longo da vida e à formação em ambiente de trabalho.
Foco, interligação com outras atividades e programas, uma maior visibilidade e alinhamento estratégico foram apontados por Pedro Guedes de Oliveira como fatores de importância da INCoDe.2030 para a plataforma NAU.
Coube a Rosália Vargas as palavras iniciais do evento e, com um cronómetro a marcar que tinha apenas cinco minutos para fazê-lo, a presidente do Pavilhão do Conhecimento Centro Ciência Viva usou-os para disponibilizar “toda a vontade e experiência do Museu da Ciência Viva”, uma vez que o centro tem trabalhado há algum tempo em áreas parecidas.
Rosália Vargas referiu que, mesmo a nível internacional, os museus e a ciência têm usado estas plataformas de partilha de conhecimento, sendo relevante que Portugal esteja na “vanguarda dos países mais avançados, na vanguarda do conhecimento, da liberdade e do acesso livre ao conhecimento e, tudo isso, é precioso”.
Ana Sanchez, da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) que lidera o consórcio que tem como objetivo construir e operar a Plataforma NAU, disse que o projeto que começou por ser pensado para o ensino superior, tinha potencial para se estender a outros campos e, por isso, foi alargado à Administração Pública e à sociedade em geral.
“A plataforma tem potencial para mudar a forma como aprendemos e trabalhamos e permite a quem a usa rentabilizar o seu tempo. Que o dia de hoje seja como o dia em que se dobrou o Cabo da Boa Esperança, na busca por novos conhecimentos”.
A outra keynote speaker foi Catherine Mongenet, CEO da France Université Numérique e responsável pelo desenvolvimento da plataforma FUN MOOC, lançada em outubro de 2013, e que explicou quais os objetivos, os novos desenvolvimentos e as novas práticas da FUN.
O lançamento oficial da NAU terminou com a assinatura do protocolo de consórcio por João Costa – Secretário de Estado da Educação, Fernando Araújo – Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Miguel Cabrita – Secretário de Estado do Emprego, Maria de Fátima Fonseca – Secretária de Estado da Administração e do Emprego Público e Maria Fernanda Rollo – Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
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