O número de ataques de ransomware dirigidos a dispositivos Android multiplicou-se por quatro entre abril de 2015 e março de 2016, afetando mais de 136 mil utilizadores em todo o mundo, diz o Relatório Anual Kaspersky Security Network.

Levado a cabo pela Kaspersky Lab, o estudo incide principalmente sobre o panorama desta ameaça em particular e mostra agora que, entre o total de utilizadores afetados, a maior percentagem é proveniente da Alemanha, do Canadá, do Reino Unido e dos Estados Unidos.

Mais concretamente, o número total de equipamentos móveis Android atingidos por ataques de ransomware passou de 35.413 entre 2014 e 2015 para 136.532 entre 2015 e 2016. Mais: apenas quatro grupos de malware – Small, Fusob, Pletor e Svpeng – foram responsáveis por mais de 90% dos ataques detetados, sendo que a maioria é do tipo blocker, "formato" que faz com que não seja possível eliminar os screen blockers que aparecem no smartphone com recurso a qualquer hardware externo.

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O ransomware é um tipo de malware que impede o acesso à informação armazenada no equipamento móvel da “vítima” mediante o bloqueio do ecrã com uma janela especial ou uma mensagem cifrada. O utilizador consegue recuperar esses dados ou o acesso ao dispositivo apenas se pagar a quantia monetária exigida pelo atacante.

O ransomware móvel surgiu como uma evolução das ameaças do género que atingem o PC e, segundo avança Alfonso Ramírez, diretor-geral da Kaspersky Lab Iberia, “o mais provável é que vá mais além e passe a afetar também smartwatches, smart TVs e outros dispositivos que estejam ligados à Internet, como automóveis ou eletrodomésticos, por exemplo”.

A empresa avança ainda algumas medidas que podem ajudar a prevenir ataques móveis de ransomware, entre as quais estão evitar a instalação de apps de fontes que não sejam as lojas oficiais, utilizar uma solução de segurança no smartphone e manter-se ao corrente das mais recentes formas de propagação de malware para equipamentos móveis.