No final da semana passada surgiram relatos de que o Twitter tencionava implementar em breve uma mudança na timeline dos utilizadores: iria aplicar um algoritmo às publicações que fariam com que as mesmas surgissem em ordem cronológica diversificada. O que vai um pouco contra a lógica da rede social que é conhecido pelos relatos em tempo real e por ser fiel a este fluxo de publicações.

As reações foram de tal forma intensas que rapidamente o caso passou a ser denominado #RIPTwitter, uma hashtag que mostra bem o descontentamento dos utilizadores. O diretor executivo da rede social, Jack Dorsey, viu-se obrigado a colocar alguma água na fervura.

O CEO tomou as rédeas para dizer: “Quero que saibam que estamos sempre a ouvir. Nunca planeamos reorganizar as timelines esta semana. O Twitter está vivo. O Twitter é em direto. O Twitter é sobre quem e o que segues. E o Twitter está aqui para ficar. Ficando mais ‘Twitteiro’”.

E se estas mensagens angariaram milhares de republicações e gostos, a verdade é que Jack Dorsey confirmou a existência de algumas alterações.

Na prática a nova timeline com misturas cronológicas vai ser uma extensão da funcionalidade ‘Enquanto esteve ausente’. Assim que os utilizadores entram na rede social vão ver uma secção com mensagens importantes que pode ter perdido, bastando fazer uma atualização da timeline para ter acesso ao fluxo de mensagens em direto.

A diferença está no facto de o Twitter recuperar mais tweets antigos em mais ocasiões e que de certa forma vão ‘quebrar’ a cadência de mensagens em direto.

De acordo com o The Verge, o Twitter vai assumir este novo formato por definição. Os utilizadores terão no entanto a possibilidade de optarem pela versão ‘tradicional’ da rede social.

Esta é a segunda vez no espaço de poucas semanas que o Twitter vê-se envolvido numa polémica com os seus utilizadores, depois de recentemente terem surgido relatos de que as mensagens passariam a ter um limite de 10 mil caracteres, quando a rede sempre foi conhecida pelos seus 140 caracteres.