Serviços públicos eletrónicos europeus mostram evolução, mas é possível fazer mais

Relatório revela que a oferta de serviços públicos online e através de dispositivos móveis tem crescido. A adoção de medidas qualitativas pode melhorar a experiência geral dos serviços públicos digitais.

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O estudo pan-europeu Benchmark Measurement of European eGovernment Services de 2017 indica que três em cada cinco serviços públicos europeus já estão online e mais da metade deles (54%) é “mobile friendly”, valor que, em 2015, era de 27%.

O foco nos utilizadores dos serviços públicos europeus atingiu uma média de 82%, o que indica um nível maduro de disponibilidade online dos serviços, de interação e das possibilidades de resposta entre cidadãos e administrações públicas, mas a mobilidade transfronteiriça aumentou modestamente.

No entanto, a implementação ampliada da diretiva eIDAS (Identificação Eletrónica Autenticada e Serviços de confiança) poderá ajudar a aumentar a disponibilidade de informações e serviços para os cidadãos da União Europeia que queiram abrir uma empresa ou estudar no estrangeiro.

Outra das principais conclusões da 14ª edição do estudo realizado pela Capgemini e publicado pela Comissão Europeia é a de que, apesar do setor público europeu continuar a aumentar a sua oferta de serviços online, é prioritário adotar medidas que favoreçam a transparência, devendo as autoridades públicas atualizar-se no que diz respeito à divulgação da informação e ao processo de prestação dos serviços, às suas responsabilidades e atuações, bem como à utilização dos dados pessoais.

Também há margem para um maior investimento em mecanismos que facilitem o acesso eletrónico, tais como a identificação eletrónica (eID) e a autenticação das fontes para a reutilização dos dados, uma vez que apesar de se registarem melhorias em relação a 2016, o avanço é modesto face ao período de dois anos de comparações.

Apontadas como necessárias para fortalecer a Administração Pública Eletrónica (eGovernment), estas medidas também são um factor importante para implementar o Mercado Único Digital nos próximos anos, cuja concretização poderá contribuir com cerca de 415 mil milhões de euros por ano para a economia Europeia, criar mais e novos empregos e melhorar significativamente os serviços públicos.

O relatório deste ano, que pesquisou mais de 10 mil websites nos países que compõem a EU28+ (conjunto de portais que agregam informações de todos os 28 países membros da União Europeia), avaliou a quantidade e a qualidade dos serviços digitais com base em quatro importantes eventos da vida: começar um negócio, perder e encontrar um emprego, estudar e vida familiar.