Após uma fase inicial marcada pelos erros e pela ineficiência do combate aos posts e às contas terroristas, o Twitter parece já ter alinhado a sua estratégia nesse campo, numa altura em que voltou a ser chamado à ação após o atentado terrorista que teve lugar em Nice, França, na passada quinta-feira, que vitimou 84 pessoas.

De acordo com a Reuters, as equipas de monitorização do Twitter encontraram pelo menos 50 contas em que foram escritos ou republicados tweets com mensagens de louvor ao massacre. Após a reivindicação do atentado pelo Daesh, a procura pela hashtag Nice também resultou na descoberta de vários utilizadores ligados à causa terrorista, disse o grupo privado Projeto Contra Extremismo, que vigia os fluxos de publicações terroristas online.

"O Twitter atuou com uma rapidez que ainda não tínhamos visto antes na eliminação de tweets pro-terroristas", disse o grupo em comunicado, acrescentando que "foi a primeira vez que a rede social atuou de forma tão eficiente". Este processo pode também ser explicado após o estabelecimento de padrões em articulação com os atentados de Paris e Bruxelas.

Apesar do sucesso, tanto o Twitter como o Facebook ainda têm algumas dificuldades em distinguir entre as imagens publicadas por testemunhas para documentar o acontecimento e aquelas que são partilhadas em tom de celebração. Mesmo assim, nos últimos dois anos, os conteúdos terroristas no Twitter diminuíram cerca de 45%.

Mais recentemente, a rede social de Mark Zuckerberg e o YouTube implementaram um sistema automático de bloqueio e remoção de publicações e vídeos ligados ao Estado Islâmico.