A autenticação de contas no Twitter passa a ter novas regras, com a rede social a “rever as contas autenticadas” e a retirar o símbolo das contas àqueles “cujo comportamento não seguir as novas regras”.

O anúncio chegou ao mesmo tempo que foi retirada a autenticação a Jason Kessler, norte-americano de extrema-direita, organizador da manifestação supremacista e neo-nazi em Charlottesville, que terminou em confrontos e com uma vítima mortal.

Jack Dorsey, presidente executivo da rede social, já teria admitido que o sistema de autenticação não estaria a funcionar da melhor maneira, tendo sido dada “importância visual a essas contas autenticadas o que enraizou ainda mais esta percepção”, declarou a empresa no Twitter.

Reconhecendo que devia “ter tratado deste problema mais cedo" e lamentando não ter dado "a prioridade devida", o Twitter declara-se no direito de remover a autenticação de contas que “promovam o ódio e/ou a violência ou ataquem e ameacem diretamente pessoas com base na sua raça, etnia, nacionalidade, orientação sexual, género, identidade de género, crenças religiosas, idade, desabilidades ou doenças” ou que apoiem “organizações ou indivíduos que promovam as formas de violência anteriormente referidas”.

Para além de Dorsey, as novas regras retiraram o selo de autenticação às contas de Richard Spencer, supremacista e ativista de extrema-direita, e de Laura Loomer, outra norte-americana que se identifica como "jornalista de investigação".

Se, inicialmente, apenas as contas de figuras públicas de grande relevância eram autenticadas, a autenticação foi depois estendida ao público geral.

Segundo o Twitter, “a percepção [de que a autenticação equivale a apoio] tornou-se pior quando abrimos o sistema de verificação todo o público e verificámos a conta de pessoas que não apoiamos”.

Ainda no mês passado, a empresa publicou um calendário onde indica todas as datas em que serão introduzidas novas regras de utilização na rede social. As medidas cobrem áreas como a nudez não consensual, os símbolos de ódio e a violência.