O YouTube voltou atrás com a sua polémica decisão de recusar pagamentos a criadores de conteúdos com queixas de violação de direitos de autor contra os seus vídeos.

A política, implementada no passado mês de fevereiro, não tardou a gerar respostas críticas por parte de alguns dos mais famosos canais do YouTube, como o Alternate History Hub que conta com mais de meio milhão de subscritores.

Apesar de muitos dos casos terem sido decididos favoravelmente à maior parte dos “youtubers” que disputaram algumas das reclamações que lhes foram endereçadas, as receitas geradas pelos seus vídeos durante os processos de decisão, nunca lhes chegaram às mãos. Em alguns dos casos pararam de surgir anúncios nos vídeos sinalizados, impossibilitando os canais de gerarem dinheiro através desses conteúdos.

Esta quinta-feira o YouTube reverteu essa decisão e apresentou um sistema que vai voltar a canalizar as receitas para os criadores.

De acordo a última publicação no seu blog, o YouTube vai passar a reter todo o dinheiro gerado pelos vídeos em disputa até que o caso seja decidido. Assim que a questão esteja encerrada, a quantia será paga de acordo com a decisão. 

Ao abrigo do Digital Millenium Copyright Act, o YouTube não pode ser considerado responsável pelas violações de direitos de autor que sejam cometidas pelos seus utilizadores. No entanto, o site desenvolveu a sua própria ferramenta para ajudar os criadores a identificarem vídeos onde a sua propriedade intelectual é explorada e rentabilizada por terceiros.

Embora o sistema tenha ajudado a reivindicar de forma justa algumas das apropriações ilegítimas de conteúdo, a utilização desmedida deste sistema tem criado problemas a alguns youtubers que vêm constantemente os seus vídeos sinalizados de forma injustificada. 
O assunto tem sido tema de debate entre utilizadores e o YouTube promete continuar a "prestar atenção".