A Associação de Comércio Electrónico em Portugal (ACEP) apresentou hoje a nova Comissão Especializada Business to Consumer. Este órgão terá como função promover uma série de iniciativas que incentivem os consumidores nacionais a experimentar a utilização do comércio electrónico como meio preferêncial para a aquisição de bens e serviços físicos, ou digitais.



Na opinião de Alexandre Nilo Fonseca, que presidirá a esta Comissão, este é um novo período para a ACEP - entidade na qual se encontra integrada - e a altura ideal para que outras empresas se juntem no incentivo ao B2C. Além do mais, com o aparecimento da televisão interactiva e dos telemóveis de terceira geração, para além de todas as potencialidades da Net, as perspectivas de negócios electrónicos são cada vez maiores.



De acordo com este responsável, "é preciso juntar os diferentes interesses das várias empresas, alguns deles concorrenciais, para divulgar cada vez mais o B2C". Também Luís Valadares Tavares, presidente da Comissão Directiva da ACEP afirma que, em Portugal, o comércio eletrónico está pouco difundido e que preciso resolver os problemas da falta de confiança dos consumidores portugueses nas compras online.



O presidente da Comissão Especializada Business to Consumer baseou a sua apresentação de hoje no III Estudo Unicre/Vector21 "Os Portugueses e as Compras na Internet", salientando o facto de 91 por cento dos actuais compradores estarem satisfeitos com as suas compras online, mas apenas 22 por cento dos utilizadores estarem a considerar fazer compras na Net nos próximos 12 meses. Lisboa tem, segundo este relatório, 43 por cento dos compradores e o Porto 12 por cento.



Alexandre Nilo Fonseca chamou também a atenção para o facto de em cerca de 73 mil famílias, pelo menos, uma pessoa fazer compras online, sendo que 60 por cento das aquisições são efectuadas em lojas portuguesas e 43 por cento compra, exclusivamente, em lojas nacionais. O volume de negócios entre Julho de 2000 e Junho de 2001 foi assim de, aproximadamente, 6,5 milhões de contos (32,421 milhões de euros).



Também com objectivo de promover as compras online foi hoje lançada uma campanha de publicidade que visa transformar a utilização do comércio electrónico no principal meio para efectuar transacções. No primeiro trimestre de 2002 terá início um programa de esclarecimento sobre as práticas mais indicadas a adoptar nas operações online e onde se incluem as condições de vendas, privacidade, segurança, e política de reclamações. Para já, a ACEP colocou na Internet um site novo, disponível a partir de hoje.



Apesar de não revelar quaisquer valores, Alexandre Nilo fonseca, garante que a campanha de comunicação apresentada foi financiada, numa base de equidade, pelas empresas que se encontram a colaborar com a Comissão Especializada Business to Consumer e não contou com mais subsídios.



Segundo Luís Valadares Tavares as empresas envolvidas são "credíveis e podem responder perante as exigências do mercado" para não se correr o risco de incentivar o shopping online e depois não se ir de encontro às espectativas dos utilizadores que, desta maneira, não regressariam, nem aos sites, nem as compras via Net por mais cómodo que este processo se revelasse.



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