Oitenta por cento do negócio da Ano Software é feito na Administração Pública, sobretudo na AP local, e é a esse universo que a empresa quer dar prioridade com a sua nova oferta baseada em software e adaptada pela companhia às necessidades do sector público.

O investimento num ERP tem como objetivo complementar um portfólio que começou na gestão documental, há 22 anos, e que hoje se divide por oito áreas de negócio, onde assumem especial relevância as soluções para o governo eletrónico e o eprocurement. As duas áreas são aliás as mais relevantes no negócio internacional da companhia, que atualmente pesa 20% no volume de negócios, e uma delas (o eprocurement) vai centrar a aposta da fabricante na entrada em Espanha, que já está a ser preparada.

O novo ERP para já será uma aposta nacional, primeiro para o sector público e só em 2017 também para o sector privado, a companhia já está a trabalhar com seis entidades deste universo em pilotos que se vão estender até ao final do ano, mas a partir de junho lança oficialmente a oferta e começa a tentar chegar a novos clientes.

“Faltava-nos algo que nos permitisse ser uma empresa globalizada. É o ERP que vamos apresentar agora”, explicou num almoço com a imprensa Manuel Amorim, CEO da companhia. O momento escolhido para lançar a nova oferta pretende tirar partido da fase de transição para um novo sistema de contabilidade na função pública, já no próximo ano.

Manuel Amorim recorre à experiência da empresa neste sector para garantir que as entidades públicas estão prontas para investir em novas ferramentas informáticas, que lhes permitam cumprir os novos requisitos legais relacionados com controlo e gestão de custos. A questão mais relevante neste momento, acredita, será decidir onde investir.

A Ano está a posicionar-se para competir com as multinacionais do software que também estão neste mercado e assegura que tem grandes trunfos para ser bem-sucedida: o facto de apostar numa solução aberta, facilmente integrável com outros produtos; o preço e os tempos de implementação dos projetos. Para além destes fatores, a empresa acredita que o facto de ter uma quota de 60% na implementação de soluções de governo eletrónico na administração local, também facilitará o processo. Neste leque de soluções de governo eletrónico a software house inclui as ferramentas de gestão documental, portais, gestão de filas de espera ou atendimento móvel.   

Nos últimos 22 anos, a Ano terá investido 35 milhões de euros no desenvolvimento de produtos de software. Em 2015 a companhia teve o seu melhor ano de sempre. Faturou 2,9 milhões de euros e obteve lucros de 200 mil euros. Em 2016 a previsão decrescimento é de 10%.

A internacionalização será um dos vetores deste crescimento. Além de Espanha e dos outros mercados onde já faz negócio – PALOP e Brasil – a companhia está a estudar oportunidades em novas geografias, com a ajuda de uma consultora externa. A América do Norte, a par de outras regiões da Europa, podem ser possibilidades. Também falta definir os produtos que vão liderar este reforço na internacionalização.        

A Ano Software tem 50 colaboradores e escritórios no Porto e em São Paulo.

 

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