O inquérito “Digital Business Global Executive Survey” de 2016 mostra que 64% das empresas inquiridas orienta as suas estratégias digitais no sentido de melhorar a experiência do consumidor.

Por outro lado, os dados recolhidos demonstram a estratégia digital de 46% das empresas são concebidas para transformar os seus modelos de negócio, ao passo que 41% pretende incutir o “fator inovação” nos seus negócios.

Ainda, entre 39% das empresas acreditan que as tecnologias digitais aumentam a eficiência da gestão da sua organização e 49% veem estas ferramentas como optimizadores do processo de tomada de decisão.

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Neste novo paradigma de modelos de negócios, regido pela máxima “inovar ou cair em ruínas”, quem sai a ganhar é mesmo o consumidor “munido de acesso ubíquo e quase ilimitado à informação e fortalecido por um número cada vez maior de alternativas”. Esta conclusão está expressa no estudo “A Economia Digital em Portugal – O Estado da Nação 2016”, que será apresentado durante o 26º Congresso da APDC e a que o TeK teve acesso em exclusivo.

É imperativo que as empresas saibam tirar proveito desta Revolução Digital. Só dessa forma vão sobreviver a uma competição cada vez mais renhida e disruptiva e a um consumidor mais e mais exigente e conhecedor. Além disso, as empresas vão poder reduzir custos operacionais através das tecnologias digitais, abrindo espaço a novos investimentos e ao crescimento e à inovação do negócio.

O inquérito do MIT e da Deloitte mostra, claramente, que as empresas (90%) estão conscientes dos efeitos disruptivos que os seus negócios estão a sofrer às mãos destas transformações digitais.

Apesar disso, apenas 44% dos inquiridos estão confiantes de que a organização está preparada para resistir e ultrapassar estes novos desafios.

A APDC acredita que as empresas com maior probabilidade de serem bem-sucedidas na nova “realidade digital” são aquelas que derem primazia à transformação digital e tiverem uma estratégia que a oriente, que procurarem incutir a vertente digital no ADN da empresa, que investirem na formação dos seus colaboradores e que forem lideradas por “pensadores vanguardistas” e líderes visionários.

Mas a correta transformação digital das empresas não acontece com a mera adoção de tecnologia de ponta. É preciso existir aquilo que a APDC chama de “Congruência Digital”, ou seja, uma linha condutora que alinhe, no mesmo plano e em direção ao mesmo objetivo, uma estratégia, uma cultura, uma liderança e um conjunto de talentos. Tudo isto ao abrigo do “chapéu-de-chuva” Digital.

As empresas que queiram tomar as rédeas destas transformações, e não ser deixadas para trás, têm de implementar uma estratégia digital clara e coerente, liderada por alguém que a saiba operacionalizar devidamente (um Chief Digital Officer, por exemplo). Para além disso, deve ser alimentada uma cultura empresarial que promova a tomada de riscos e desenvolver as capacidades digitais dos colaboradores.

A saída ou reforma de colaboradores-chave, a atualização de competências adjudicadas a serviços especializados e a competição “feroz” por novos talentos que sejam capazes de dar resposta aos desafios anteriores bem como aos novos, são alguns desafios que se põem às empresas que se queiram ter sucesso na Era Digital.