A China considera que Donald Trump estaria a ser "ingénuo" caso desse início a uma guerra comercial contra Pequim, tal como anunciou por várias vezes durante a sua campanha eleitoral.

Durante os meses que antecederam a sua eleição enquanto próximo presidente dos Estados Unidos da América, o republicano assumiu uma postura protecionista e disse que implementaria uma taxa adicional de 45% sobre as importações provenientes da China caso chegasse à Sala Oval.

"Se Trump destruir o comércio sino-americano, um número de indústrias norte-americanas serão prejudicadas. O novo presidente será condenado pela sua imprudência, ignorância e incompetência," respondeu a China, este domingo, através do editorial do jornal estatal, Global Times.

O executivo comunista adianta ainda que caso Donald Trump concretize políticas económicas prejudiciais às trocas entre China e Estados Unidos, Pequim dará início a uma série de contramedidas que vão incluir a substituição de um "lote de encomendas submetidas à Boeing (norte-americana) por um novo lote de encomendas à Airbus (francesa)", a "cessação da importação de milho e soja" e um "corte nas vendas do iPhone". "Tornar as coisas difíceis para a China não será nada bom para ele", escreve o governo.

A Apple não se tem saído bem no mercado chinês e no passado mês de julho, a analista, Counterpoint Research, revelava que a empresa já só ocupava o quinto lugar no topo das maiores fabricantes de smartphones na China. À frente só marcas locais: Huawei, Vivo, Oppo e Xiaomi.