A edição 2016 do “Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade”mostra que o país continua longe dos melhores lugares do índice, mas já conseguiu ultrapassar a média da União Europeia, atingindo uma pontuação global de 0,53, contra os 0,52 apurados para a média dos 28 Estados-membros considerados na análise. Face a 2015 (quando conseguiu uma pontuação de 0,49 no mesmo índice), Portugal subiu dois lugares na tabela.

O índice é criado a partir da análise de indicadores em seis áreas distintas, que cobrem domínios como a conectividade, capital humano, utilização da Internet, integração de tecnologias digitais, digitalização dos serviços públicos e investigação e desenvolvimento.  

Portugal destaca-se no capítulo da conectividade, graças à boa cobertura de banda larga ou à disponibilidade de Internet rápida para 91% das residências, bem como pelo facto deste tipo de ligações representar já mais de metade dos contratos de serviços.

Outra área onde o país se destaca é o dos serviços públicos eletrónicos, posicionando-se no 8º lugar do ranking. Não só pela disponibilidade dos serviços, mas também pela “frequência razoável da sua utilização pelos cidadãos”, embora a baixa adesão dos cidadãos portugueses aos serviços digitais seja também sublinhada na pesquisa, como uma das áreas onde o país precisa de fazer melhor. Acontece o mesmo com as competências digitais dos cidadãos, abaixo da média europeia e razão apontada para a baixa utilização dos serviços. Metade da população portuguesa não tem competências digitais básicas, evidencia o índice.

Na análise ao nível de digitalização das empresas Portugal saiu-se bem. O país tem o 2º tecido empresarial da UE que mais utiliza tecnologias como o RFID e o quinto na partilha de informações eletrónicas dentro das companhias.

Os resultados detalhados do índice serão apresentados esta quinta-feira durante a manhã pelo comissário europeu para a economia e sociedade Digital, Günther H. Oettinger. A apresentação pode ser acompanhada aqui online aqui, a partir das 8h45 horas.