Um relatório publicado este mês pela Comissão Europeia indica que as empresas do bloco europeu investiram 188,3 mil milhões de euros em Investigação e Desenvolvimento (I&D) durante o ano fiscal de 2015/2016.

Este valor reflete um aumento de 7,5% face ao montante do período anterior e coloca as empresas europeias acima das tendências mundial e norte-americana, que registaram, respetivamente, aumentos de 6,6% e 5,9% dos investimentos em I&D.

À escala global, os investimentos aplicados em inovação atingiram os 696 mil milhões de euros durante o período em análise e, de acordo com os dados da CE, o setores das TIC, do software, dos produtos farmacêuticos e do fabrico automóvel foram as áreas que mais dinheiro alocaram à I&D.

Contudo, numa análise a todas as indústrias, as vendas mundiais caíram 3,6%, o que, segundo consta, se deveu ao desempenho pouco satisfatório de setores que empregam pouca tecnologia, como o petrolífero e o mineiro.

Mas a Europa tem razões para se regozijar da sua indústria, visto que o relatório mostra que 30 empresas da UE estão entre as 100 empresas mais investem em I&D, a nível mundial. Os setores com as melhores performances entre 2015 e 2016 foram o automóvel, o farmacêutico, o das TIC, o da biotecnologia e o da defesa e engenharia aerospacial.

As empresas chinesas são as que mais se destacam em termos de investimentos em inovação, com um aumento de 24,7% das verbas adjudicadas à I&D.

Vale a pena lembrar que o programa europeu de investigação e inovação, o Horizonte 2020, tem conseguido atrair cada vez mais investidores, e, em 2015, o número de candidaturas subiu 25% face a 2014, ano em que foi dado arranque a programa.

De acordo com a CE, durante 2014 e 2015 cerca de 16 mil milhões de euros foram alocados a mais de 9.000 projetos europeus de investigação e inovação.