Com a integração da antiga EMC, a Dell Technologies pretende “muscular” o seu negócio de infraestruturas e cloud, aumentando o seu portfólio de soluções.

A consolidação das duas empresas só acontece no próximo ano, e até à presente data os negócios da agora Dell EMC e da Dell Technologies não estão totalmente integrados. Mas, segundo consta, o processo corre a todo o vapor.

De acordo com Isabel Reis, diretora-geral da Dell EMC, a junção das duas empresas está investida de um potencial de crescimento bastante elevado. Isto porque o portfólio de clientes da Dell e da EMC coincidem em cerca de 80%.

Depois da finalização do processo de integração dos negócios, o foco da Dell Technologies em Portugal, diz a executiva, vai dividir-se em duas grandes áreas de atuação: a manutenção da base de clientes instalada no mercado nacional, apostando numa estratégia de “cross-selling”, e o crescimento da quota de mercado da empresa.

As administrações das duas entidades estão a trabalhar no sentido de evitar a disrupção do negócio, algo que acontece frequentemente nos processos de fusão. Desta forma, as empresas querem assegurar que esta integração ocorre o mais diligentemente possível.

Outro traço comum a este tipo de negócios é a duplicação de recursos humanos, o que amiúde leva a despedimentos. Contudo, não são previstos, pelo menos para já, cortes na força laboral conjunta da EMC e da Dell.

Durante o primeiro Dell EMC World, que aconteceu em Austin entre 17 e 20 de outubro e que o TeK teve oportunidade de acompanhar no terreno, o CEO Michael Dell afirmou que os resultados financeiros relativos ao 4º trimestre deste ano vão refletir o 16º período consecutivo de crescimento.

Olhando para o mercado português, tanto Isabel Reis como Gonçalo Ferreira, diretor-geral da Dell Technologies Portugal, mostraram-se otimistas, mas sem avançar muitos detalhes. Isto porque, como nos foi explicado, os dados financeiros das duas empresas ainda não estão completamente integrados, pelo que se torna complicado obter uma imagem nítida do desempenho dos negócios.

Mas os executivos disseram que se antevê, para o terceiro trimestre, um crescimento de mais de 20% do negócio de centros de dados.

Vítor Baptista, um dos responsáveis do negócio da EMC na região EMEA, sublinhou que a antiga EMC, agora sob o “chapéu” da Dell Technologies, está a mover-se cada vez mais para a esfera do “software-defined”, ou seja, a apostar mais e mais na desmaterialização dos negócios dos clientes.

À mesa de um pequeno-almoço para a imprensa portuguesa de TI, os representantes da Dell EMC e da Dell Technologies frisaram o papel de “intermediário” que a empresa está a assumir. Foi-nos dito que a Dell, no que diz respeito à cloud, quer integrar e promover a flexibilidade e o poder de escolha do cliente, para que este possa transitar facilmente entre fornecedores de serviços cloud sem ter que recear ficar “preso” a um deles.

Uma das prioridades da Dell EMC, como afirma Vítor Baptista, é ser um “complemento” às soluções cloud que os clientes adotarem e apostar no backup dos dados, permitindo uma transição entre plataformas a fácil e segura.

Como exemplo, o executivo diz que a Dell EMC pode transferir os dados da cloud Azure da Microsoft para a AWS da Amazon, sem que o cliente tenha de recear a perda de algum tipo de informação.

Assumindo este papel de “agente intermediário”, a Dell Technologies estima que o seu negócio de consultoria cresça consideravelmente.

Isabel Reis acredita que a “oferta única de software, hardware e serviços” vai ser o motor de crescimento da Dell Technologies.

O próximo evento Dell EMC World, segundo a gestora, está planeado para maio de 2017 e vai ter lugar em Las Vegas.

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