Várias empresas privadas da indústria tecnológica vão agora juntar-se à Casa Branca no auxílio aos milhares de refugiados que têm resultado dos conflitos armados dos últimos anos.

Deste grupo de mais de 50 empresas, que resulta de um apelo do executivo norte-americano feito no passado mês de junho, contam-se nomes tão familiares como a Google, Microsoft, Uber, Twitter e Facebook.

Na sequência desta iniciativa, a administração publicou no site oficial da presidência uma lista detalhada dos planos destas tecnológicas para os próximos tempos.

A Google, por exemplo, compromete-se a financiar organizações não governamentais do setor educativo e a fornecer-lhes conhecimentos técnicos que vão permitir a mais de 10.000 crianças libanesas voltar à escola de forma gratuita e para salas de aula mais digitais. Neste campo, a Microsoft também planeia fazer um investimento semelhante ao da tecnológica de Mountain View, mas garante que se vai alongar para além da escola e criar um hub de inovação onde os refugiados possam desenvolver competências técnicas que podem ser uma mais valia no mercado de trabalho.

A plataforma de tecnologia educacional, Coursera, vai providenciar mais de 1.000 cursos com selo de qualidade universitário para ajudar refugiados a aprofundar conhecimentos que lhes facilitem a vida noutros países.

Já o Facebook tem planos para criar hotspots Wi-Fi em 35 localidades gregas. Um projeto que assim se junta à iniciativa que a rede social de Mark Zuckerberg tem desenvolvido em parceria com as Nações Unidas e que aponta à construção de redes de acesso gratuito à internet em vários campos de refugiados. Para envolver os seus utilizadores, a empresa vai ainda utilizar os mecanismos de angariação de fundos disponíveis no Facebook para canalizar recursos para as ONG que têm prestado auxílio no terreno.

A Uber, por sua vez, quer dar oportunidades de trabalho aos refugiados e o Twitter vai disponibilizar espaços publicitários no valor de 50 mil dólares a várias organizações não governamentais.

Este projeto, que se alonga por mais de 50 propostas, pretende integrar os refugiados numa dinâmica produtiva nos países que agora os acolhem

Como nota a Casa Branca, "já há mais de 65 milhões de pessoas deslocadas no mundo, o maior número registado desde que a Agência para os Refugiados da ONU começou a recolher dados. Mais de 21 milhões destas pessoas atravessaram fronteiras internacionais em busca de segurança e estão registadas enquanto refugiadas [...] dada a oportunidade, elas podem prosperar e contribuir onde quer que residam".