A Google destronou a Microsoft e tornou-se a segunda empresa de tecnologia mais valiosa do mundo. A dona do motor de busca que lidera as preferências de um maior número de utilizadores a nível global, e que é também a principal promotora do sistema operativo móvel líder de mercado, o Android, tem agora apenas à frente a Apple.



Ontem, à hora de encerramento do mercado de capitais a Google somava uma capitalização bolsista - soma do valor das ações - de 249,1 mil milhões de dólares, contra os 247,2 mil milhões da Microsoft.



Na era dos computadores pessoais a Microsoft conseguiu permanecer durante bastante tempo no topo da tabela das empresas mais valiosas do mundo. Em 2008, com a ascensão dos preços do petróleo, foi ultrapassada pela ExxonMobil e mais tarde a Apple fez o mesmo.



Agora é a vez da Google empurrar novamente a Microsoft, uma situação que os analistas explicam pela força da Google em diversas áreas, como o mercado publicitário ou o mercado móvel.



Por seu lado, a Microsoft tem vindo a ser penalizada pela incerteza em torno da performance do mercado de PCs e pela expectativa relativamente aos novos lançamentos que a empresa tem previstos para este mês. Outubro foi o mês escolhido pela Microsoft para atualizar as versões do seu sistema operativo para desktop e ambientes móveis, que pela primeira vez adota uma abordagem integrada.



A Apple é a tecnológica mais valiosa do mundo desde maio de 2010. Ascendeu a essa posição graças aos resultados obtidos com as vendas das novas linhas de produtos na área da mobilidade, como o iPhone. A capitalização bolsista da Apple é neste momento de 618,44 mil milhões de dólares.



Ainda em relação ao duelo Microsoft/Google vale no entanto a pena referir que, em termos de resultados financeiros, a Microsoft continua à frente da Google, como mostram os números do último trimestre fiscal, revelados pelas empresas. A Microsoft faturou 18,06 mil milhões de dólares no trimestre terminado em junho. No mesmo período a Google faturou 12,21 mil milhões de dólares.



Segundo os analistas, o maior potencial de crescimento das receitas continua do lado da Microsoft, que mantém um portefólio de negócios mais diversificado que a Google, ainda a tentar encontrar caminhos fora da publicidade e do mercado móvel.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira