O grupo francês Altice quer vender a operação em Portugal, mas “por partes” e não como um todo, estando a direcionar as negociações com os diferentes interessados na corrida à operadora de telecomunicações para propostas que visem ativos isolados.

A intenção do grupo gerido por Patrick Drahi será vender operadora MEO sem a rede de fibra ótica, assim como o centro de dados da Covilhã, segundo refere o Jornal de Negócios esta sexta-feira, e tem pressionado os vários concorrentes a fazerem ofertas isoladas.

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O Jornal Económico, por sua vez, indica que a corrida à operadora de telecomunicações em Portugal já reúne mais de 20 manifestações de interesse enviadas aos assessores financeiros da Altice, nem todas para a totalidade dos ativos. Especificamente, haverá propostas indicativas para apenas alguns ativos, como é o caso da FastFiber, que gere a maior e mais moderna rede de fibra ótica em Portugal.

O fundo KKR é apontado como o mais recente interessado na operação da Altice Portugal, tendo já havido contactos com possíveis assessores financeiros, segundo revelou uma fonte ao Jornal Económico. O fundo Warbur Pincus, que se associou ao ex-banqueiro António Horta Osório, a Saudi Telecom, o empresário farncês Xavier Niel e os fundos Apollo Management e CVC Capital Partners também fazem parte do grupo de interessados.

A Altice International vai continuar a receber propostas não vinculativas até ao fim deste mês, pelo menos.

Sobre a estratégia para o mercado português, a MEO foi a última das "três grandes" operadoras a manifestar-se sobre a oferta do 5G, mas a única a avançar - até ao momento - a assumir o compromisso de oferta do 5G para sempre.