Uma pesquisa da Chainalysis, empresa que estuda a blockchain da Bitcoin, refere que os números dizem respeito, não a bitcoins que foram hackadas ou roubadas, mas sim a pessoas que compraram criptomoedas e que as colocaram numa carteira, esquecendo-se dos seus códigos de acesso.
As conclusões da Chainalysis dependem da segmentação do fornecimento de Bitcoin, existente com base na idade e na atividade de transação.
O segmento “Moeda Minerada” reflete bitcoins mineradas em 2017, enquanto o “transacional” se refere às movimentadas ou gastas no último ano – muito poucas das quais estão perdidas. Da mesma forma, a categoria de “Investidores estratégicos”, que mantiveram as suas bitcoins por 1-2 anos, representa uma parcela muito pequena das perdas.
As bitcoins minerados há 2-7 anos e pertencentes a investidores de longa data conhecidos como “holders”, constituem a grande maioria das moedas perdidas.
A moeda digital tem passado por várias subidas nos últimos dias, estando prestes a bater o recorde histórico dos 10 mil dólares, situando-se, neste momento perto dos 9.700 dólares (cerca de oito mil euros).
Thomas Gluscksmann, analista da Gatecoin, disse em declarações à Bloomberg que “é muito provável que a barreira estratosférica dos 10.000 dólares traga mais investidores”.
A Bitcoin pode ser comparada a uma plataforma de partilha de ficheiros peer-to-peer, mas neste caso apenas envolve dois utilizadores e assenta na transação monetária. O Manuel pode enviar uma determinada quantidade de dinheiro para o Pedro sem que esta ação passe por bancos e não ficando, por isso, sujeita a comissões e outras possíveis taxas.
A troca de dinheiro é também confidencial e encriptada, demorando cada transação entre 15 a 60 minutos até ficar completa. Este formato "secreto" torna a Bitcoin uma opção ideal para quem quer transferir grandes quantidades de dinheiro não declaradas.
Para haver produção de novas bitcoins é preciso que haja uma "mineração". Este processo, que pode ser realizado individualmente ou em grupo, implica o processamento de milhares de cálculos de difícil resolução que consome boa parte do desempenho dos computadores. São estes cálculos que permitem a transação de Bitcoin no mundo e, como recompensa, os "mineiros" recebem moedas.
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