A HP está determinada em conquistar 10% de quota no mercado português da impressão com serviços outsourcing. Fechado o ano de 2016 com apenas 1% neste segmento, a tecnológica norte-americana apresentou esta quinta-feira, dia 6 de julho, algumas das suas apostas para alcançar esta meta até ao final de 2017. A estratégia, no entanto, não passa apenas pelo lançamento de novas máquinas, mas sobretudo pela implementação de um ecossistema de serviços e assistência que a empresa afirma assegurar poupança e segurança a todos os clientes.

Na próxima geração de impressoras profissionais HP, que chega agora ao mercado materializada em 16 novos modelos A4 e A3, a tecnológica aposta em três pilares que julga serem essenciais para atrair mais clientes. E são eles a segurança, a funcionalidade de impressão pagewide e o serviço de Smart Device Services.

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A harmonizar todas estas características, diz a HP, está uma filosofia minimalista que pretende não só reduzir custos, como suprimir parte do desperdício que emanava dos antigos métodos de funcionamento das impressoras.

Uma das primeira vias para a consagração deste objetivo foi o desenvolvimento de uma mecânica que exige menos peças em movimento do que os planos tradicionais de construção utilizados pela concorrência. De acordo com a HP, este novo leque de equipamentos deverá necessitar de apenas nove peças substituíveis ao longo de um contrato de serviço de 600 mil páginas (entre 3 a 6 anos), um número que contrasta com o mínimo de 31 peças, alcançado por outras empresas do sector.

Nestas condições, a HP assegura a redução de custos nos consumíveis e uma consequente diminuição na pegada ambiental de uma empresa que, segundo a tecnológica, pode chegar aos 55% face às impressoras da concorrência.

No domínio do desperdício, a marca garante uma redução de 95% no que toca aos consumíveis descartáveis e uma contração resultante nas despesas pecuniárias que pode chegar aos 50%. Este último valor, no entanto, está igualmente dependente de um desempenho energético que, nas palavras da HP Portugal, é também ele superior ao da concorrência pela particularidade de estas impressoras não terem de aquecer antes de imprimir.

No que toca a eficiência, a tecnológica não se deixa esgotar em argumentos. E a funcionalidade de pagewide é outro dos pormenores diferenciadores neste campo. Ao contrário de outras impressoras, que integram uma cabeça de impressão móvel (percorre gradualmente a largura da página), estas viabilizam a impressão através de uma peça que ocupa toda a largura da folha em simultâneo e que, assim, reduz o tempo de impressão para metade.

Numa apresentação que decorreu esta quinta-feira em Lisboa, a HP sublinhou ainda a importância do novo sistema de segurança destas impressoras. E a adição deste software ganha importância perante um valor muito específico. Sabia que 71% das brechas de segurança utilizadas por piratas informáticos para perpetrar ataques têm origem em endpoints. E que apenas 18% dos consumidores estão preocupados em assegurar a proteção das suas impressoras contra ataques?

O terceiro pilar articula deep learning e previsão de avarias. E mais de 70 sensores instalados em cada uma das impressoras desta nova gama. A ideia, como explicou a HP, é criar uma plataforma comum onde todos os erros sejam reportados em tempo-real às equipas técnicas da marca. Desta forma, a empresa diz ser capaz de prevenir os seus clientes acerca de possíveis erros e de aplicar correções mais eficientes face a complicações menos comuns. Outra das particularidades é que estas reparações, em alguns dos casos, poderão ser feitas remotamente. A HP alega que este sistema, a que chamou Smart Device Services, poderá reduzir as despesas com os custos operacionais de cada equipamento, em 20%.

O sistema de SDS é retrocompatível. Funcionará com antigas impressoras da HP graças à plataforma onde serão carregadas as informações referentes às avarias de outros clientes, mas a marca avisa que poderá não ter resultados tão completos quanto aquelas que contam com os sensores instalados na sua estrutura.

Por esta altura, a HP já conseguiu subir a quota alcançada em 2016. No fim do primeiro trimestre de 2017, a marca já contava com 8% neste segmento e espera agora chegar aos 10% por altura do fim do ano.