Entre as empresas europeias, cerca de dois terços já colocaram a transformação digital no centro das estratégias de negócio, mas embora muitas organizações já estejam bastante avançadas na digitalização, uma larga maioria está ainda atrasada e não pode tirar partido das vantagens competitivas e de eficiência que esta mudança traz.  A ideia foi quase consensual na sessão de abertura do IDC Directions, que decorre hoje no Centro de Congressos do Estoril e que conta com cerca de mil participantes.

Logo na abertura, Gabriel Coimbra, diretor-geral da IDC Portugal, lembrou que esta nova realidade que está assente na 3ª plataforma de TI vai ser responsável pela disrupção da atividade de negócio da generalidade das organizações nacionais. E embora o ritmo de mudança ainda seja lento, em 2020 mais de 60% das empresas vão assumir a informação como ativo principal do negócio.

Mas para se transformarem as empresas precisam de ter uma estratégia bem alinhada e apoio de topo. E também de monetizarem as transformações conseguidas para justificarem e suportarem a continuidade dos projetos, defende Philip Carter, Chief Analyst e vice presidente  da IDC EMEA. Mais de 2/3 dos CEO das empresas europeias já colocaram a transformação digital no centro das suas estratégias de negócio. “Esta nova realidade de negócio é a prioridade principal de empresas como a Siemens, a Airbus, o Barclays ou a Nestlé, só para citar algumas”, afirma.

Mesmo assim só 17% das organizações europeias estão em fases mais avançadas da transformação digital, e uma em cada cinco empresas pode mesmo ser classificada como resistente digital.

O departamento de TI tem um papel importante a desempenhar, e o CIO tem de estar preparado para liderar a transformação, apesar dos Chief Digital Officer já começarem a assumir relevância em 65% das empresas na península ibérica.

Para monetizar a transformação digital é preciso fazer uma “black belt” na arquitetura de informação, explica, afirmando que o futuro passa por sistemas mais inteligentes, mas também rebalancear o portfólio de competências de TI para o mundo digital, apostando em áreas como data scientists, especialistas em ecommerce e no “recondicionamento” de algumas carreiras tradicionais. Por último olhar para as três dimensões da transformação do IT, com a inovação, integração de novas capacidades e incorporação das competências.

A conferência IDC Directions decorre no dia de hoje no Centro de Congressos do Estoril e a par dos vários painéis há um espaço de exposição onde marcam presença várias empresas de TI.