Depois de uma subida abrupta no valor das ações da Amazon, a empresa publicou um relatório financeiro pouco animador, que revela um trimestre com muitas vendas, mas, em contrapartida, com gastos muito elevados. O resultado desta equação foi uma consequente quebra nos lucros da empresa, que justifica os gastos acrescidos com a expansão do seu serviço de retalho a outros segmentos do mercado e a novos países.

A tecnológica de Jeff Bezos anunciou receitas na ordem dos 38 mil milhões de dólares e registou assim uma subida de 25% face ao mesmo período do ano anterior. De acordo com a Reuters, o valor estabelece ainda um contraste com as restantes empresas do sector que lutaram para se manter à tona durante os últimos três meses.

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Em sentido inverso seguiram os lucros. De acordo com o documento publicado, a gigante norte-americana terminou o trimestre com menos 77% dos lucros somados no período homólogo. Em termos numéricos, isto pode traduzir-se numa perda operacional concreta de até 400 milhões de dólares.

Em comunicado, a Amazon fez ainda saber que vai continuar a investir para se manter como líder do retalho online.

"O terceiro trimestre do ano é, regra geral, um período de grande investimento", disse o CFO Brian Olsavsky em declarações à imprensa, especificando que os gastos vão ser feitos, sobretudo, com novas contratações, reposições de stock e com a adição de novos conteúdos à plataforma de streaming de vídeo da empresa.

As ações da tecnológica, cujo valor já subiu cerca de 40% este ano, caíram 3,2% após a publicação do relatório, fazendo Jeff Bezos cair para segundo lugar na lista dos mais ricos do mundo, momentos após este se ter consagrado como tal, logo acima de Bill Gates.

A Amazon informou ainda que as mensalidades, referentes ao serviço de subscrição Prime, subiram cerca de 51% face à marca conquistada em 2016 e estima que, no fim de 2017, 50% dos domicílios norte-americanos estejam associados a este programa.

As vendas online, por sua vez, cresceram 42% para os 4,1 mil milhões de dólares. Os planos de expansão apontam agora para França, Suécia e China, como os próximos países na lista.

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À Reuters, o analista Josh Olson, comentou que "o facto de eles estarem a investir em tantos sectores mostra a quantidade de oportunidades que têm à sua frente". "Estamos a dar-lhes o benefício da dúvida porque, historicamente, eles têm executado sempre bem [os seus planos]".

Uma das últimas aquisições da Amazon faz prever uma abordagem cada vez maior ao sector do retalho físico. A tecnológica investiu cerca de 13,7 mil milhões de dólares na compra da Whole Foods e o negócio está agora pendente de aprovação por parte da autoridade responsável.

Sem contar com esta aquisição, a Amazon previa acabar os meses de abril, maio e junho com um registo entre os 300 milhões de lucro e os 400 milhões de prejuízo, uma vez que as despesas operacionais subiram até aos 37,3 mil milhões de dólares neste trimestre.

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