A tecnológica portuguesa Novabase anunciou esta quinta-feira a celebração de um contrato para a venda da sua unidade de infra-estruturas e serviços geridos à VINCI Energies. O valor envolvido no negócio chega aos 38,365 milhões de euros, mas está sujeito a ajustes por parte das entidades reguladoras. Só em 2015, a unidade gerou mais de 104 milhões de euros em receitas.

Para Luís Paulo Salvado, Presidente da Novabase, a venda "é mais um passo no reposicionamento internacional" que a empresa tem conduzido nos últimos anos. Em fevereiro passado, a tecnológica anunciou pela primeira vez um lucro superior a 100 milhões de euros no estrangeiro graças às novas operações desenvolvidas em países como a Irlanda, Luxemburgo, Polónia, Angola, Gana e Moçambique.

A divisão de Infrastructures & Managed Services (IMS) emprega perto de 400 trabalhadores, mas até à data não há esclarecimentos sobre a possibilidade de haver despedimentos.

No seguimento deste negócio, a empresa portuguesa anuncia ainda a transferência das operações de IMS desenvolvidas in-house para duas novas sociedades.

“Esta aquisição, em linha com a estratégia de crescimento do grupo, é a oportunidade para ampliar a nossa cobertura geográfica de forma sustentada na Europa e em África, bem como reforçar o portfólio de soluções da Axians”, disse Júlio de Almeida, responsável da VINCI Energies.

Os serviços desta unidade vão assim ficar ao serviço da Axians, subsidiária da VINCI Energies para as TIC, que conta com um volume de negócios de 1.700 milhões de euros e uma equipa de 8 mil pessoas.

Recorde-se que a Novabase registou quedas acentuadas nos lucros no início do ano, mas manteve a aposta na internacionalização para inverter os valores.