A Oracle está a viver “um momento único”, afirma Bruno Morais, diretor comercial da empresa portuguesa, referindo-se aos resultados alcançados no ano fiscal 2015/2016, terminado no passado mês de maio.

Nesse período, a tecnológica observou um crescimento acima dos 100% no seu negócio de software, que engloba soluções on premise e cloud e que representa entre 60% a 70% do volume total de negócio.

Entre junho e agosto deste ano, ou seja, durante o primeiro trimestre do ano fiscal, a Oracle arrecadou cerca de 969 milhões de dólares, gerados apenas pelo negócio da cloud, com uma margem de 60%, de acordo com Bruno Morais.

Olhando para o ano fiscal que agora decorre, o executivo diz que estão reunidas as condições necessárias para que o segmento de cloud, per se, também tenha um crescimento na ordem dos três dígitos.

O negócio da cloud representa agora entre 7% e 8% do total de receitas da empresa, acrescenta, dizendo que durante os meses de setembro e novembro o objetivo será dar continuidade ao “crescimento muito sólido na área da cloud”.

Este segmento de negócio, como explica Hugo Abreu, country leader da Oracle Portugal, é a pedra angular do posicionamento estratégico da empresa.

Ele diz que o crescimento significativo que se tem vindo a observar neste ramo atenua os efeitos prejudiciais do declínio do negócio tradicional da Oracle, como o licenciamento e as soluções on premise.

De acordo com o responsável, na génese do crescimento que a Oracle tem registado estão três fatores principais: uma equipa experiente e competente, a consolidação do mercado e o facto de as ofertas da empresa satisfazerem as necessidades dos clientes sem colocarem um grande “peso” nas suas finanças.

Quanto às tendências de adoção das tecnologias cloud, ambos os executivos acreditam que quanto menor for a organização, maior será a sua predisposição para abraçar em pleno a cloud.

“Do outro lado do espelho”, as empresas de maior dimensão, ou de legado, tendem a adotar modelos híbridos, ou seja, parte do negócio na cloud e parte em infraestruturas on premise.

Bruno Morais remata, como em tom de conclusão, que a Oracle está a ver o mercado das TI “com um otimismo realista”.