A Apple poderá deixar de usar componentes da Qualcomm na próxima geração de iPhones e iPads a favor de outras fabricantes, como a Intel e a MediaTek, de acordo com o The Wall Street Journal, mas terá até três meses antes do lançamento dos novos dispositivos, em setembro de 2018, para mudar de ideias.

No entanto, em declarações à Bloomberg News, a Qualcomm afirmou que o modem que poderá ser usado na próxima geração do iPhone "já foi totalmente testado e disponibilizado à Apple", acrescentando que está "empenhada em apoiar" os novos dispositivos da marca da maçã.

Depois de anos a usar os chips da Qualcomm, a Apple começou a fazer a transição para outras escolhas com o iPhone 7  e 7 Plus a terem componentes da Intel. Atualmente, utiliza componentes mistos entre a Qualcomm e a Intel no iPhone 8, iPhone 8 Plus e iPhone X.

Recorde-se que a Apple processou a compatriota por práticas comerciais "anti-competitivas" em janeiro deste ano e o processo que as opõe tem ganho vários capítulos desde então.

A contenda começou no início de 2017, depois da Comissão Federal do Comércio dos Estados Unidos ter apresentado uma queixa contra a Qualcomm que, alegadamente, recorria a estratégias monopolistas para forçar empresas clientes a pagar royalties maiores por cada componente vendido. A Apple juntou-se ao caso posteriormente ao preencher uma queixa com as mesmas alegações. Esta última, no entanto, exigia o pagamento de 1.000 milhões de dólares à fabricante.

A Qualcomm ignorou o processo e a Apple voltou a "atacar", retendo todos os royalties em dívida à tecnológica de Steven Mollenkopf até que o problema fosse legalmente resolvido.

O processo tem avançado com acusações de um lado e do outro, mas com a Qualcomm a batalhar para que a Apple não venda mais nenhum iPhone nos EUA até que a gigante tecnológica pague as percentagens em dívida à fabricante de processadores.

A Apple ataca a prática da Qualcomm de pedir aos clientes para assinar acordos de licenciamento de patentes antes de comprar os chips, num modelo referido como "sem licença não há processadores". E alega que este licenciamento permite à Qualcomm apropriar-se de uma percentagem do preço de venda de cada iPhone em troca da integração dos chips de comunicação de dados que permitem a ligação a redes móveis.

O que a Apple quer é poder pagar apenas o valor dos chips, sem qualquer percentagem adicional.

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