A Comissão Europeia revelou na passada quinta-feira os resultados do Europe Innovation Scoreboard 2016, em que Portugal regista uma prestação inferior à da média europeia.

Dos resultados obtidos nos indicadores contemplados pelo estudo (outputs, atividades empresariais e recursos), Portugal fica enquadrado no grupo dos "Inovadores Moderados" (onde está desde 2009), no qual, escreve a CE, se integram os países com "prestações abaixo da média da União Europeia". Além de Portugal, Croácia, Chipre, República Checa, Estónia, Grécia, Hungria, Itália, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia, Eslováquia e Espanha completam o grupo.

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A liderar a inovação europeia seguem países como a Dinamarca, Finlândia, Alemanha e Suécia. Bulgária e Roménia, por outro lado, são os países que registam as piores performances.

Apesar do abrandamento, Portugal continua a registar sucessos nos recursos humanos, com um especial enfoque para o número de novos doutorados, que fica acima da média comunitária em 71 pontos. A maior diferença positiva dá-se nas co-publicações científicas internacionais, em que, graças a um aumento de 11% face aos resultados do último relatório, Portugal consegue distanciar-se em 73 pontos da média da UE.

Dos indicadores em que o país regista resultados menos positivos evidenciam-se as submissões de patentes (menos 81 pontos), as receitas provenientes do estrangeiro relativas a patentes e produtos portugueses (menos 93 pontos) e as publicações científicas publico-privadas (menos 79 pontos).

Nos últimos oito anos, o crescimento de Portugal na área da inovação (0,9%) superou em 0,2% a média da união (0,7%).

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Dos 25 critérios abordados, a UE regista crescimento em 16 deles, com os maiores a serem obtidos nas co-publicações científicas internacionais, nas receitas provenientes do estrangeiro relativas a patentes e produtos licenciados pela união e no número de marcas comunitárias. A maior queda deu-se nos investimentos de capital de risco.Portugal, por sua vez, regista crescimento em 13 indicadores.

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A nível global, o relatório destaca que a UE mantem o quarto lugar, apenas atrás do Japão, Estados Unidos e Coreia do Sul.

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