Portugal mantém a mesma 43ª posição ocupada no ano passado no índice global de competitividade do Fórum Económico Mundial. A manutenção da posição beneficia de uma subida de dois lugares na classificação do país no pilar da inovação, que garante a Portugal o lugar de 33ª economia mais inovadora na lista de 133 analisados na pesquisa. Este pilar da inovação está incluído num dos três grupos de factores analisados e também inclui a sofisticação dos negócios. Aqui Portugal caiu 10 posições, de 43º para 53º lugar.

Negativamente contribuíram para o posicionamento português a perda de terreno nas duas áreas mais abrangentes do estudo: Requerimentos Básicos e Indicadores de Eficiência. No primeiro destes grupos Portugal caiu duas posições e no segundo nove lugares, para 39º e 43º lugar, respectivamente.

O Fórum Económico Mundial inclui nos Requerimentos Básicos quatro pilares: Instituições, infra-estruturas, estabilidade macroeconómica, saúde e educação primárias. Nos Indicadores de Eficiência são analisadas seis áreas: educação superior, eficiência dos mercados de consumo e de trabalho, sofisticação do mercado financeiro, preparação tecnológica e tamanho do mercado.

O resultado português na generalidade dos indicadores destas categorias é mau, embora existam algumas conclusões positivas. O país oferece as 5ªs melhores tarifas de comércio internacional do mundo e é o 9º país do mundo, entre os analisados, onde é mais rápido criar um negócio.

"O dado mais significativo é que Portugal neste ano de grande crise mantém a sua posição, mas sobe num pilar muito importante, a Inovação", destacou já em declarações à Lusa Carlos Zorrinho, coordenador nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico.

De sublinhar que embora Portugal mantenha a posição do ano passado no ranking do Fórum Mundial o país já esteve melhor posicionado neste ranking mundial de competitividade. Em 2007 ocupava o 40º lugar.

No contexto dos 27 Estados da União Europeia a posição portuguesa também é a mesma do ano passado. Portugal é 17º.

A Suíça lidera o top deste ano dos países mais competitivos do mundo. A segunda posição da tabela vai para os Estados Unidos e a terceira para Singapura.

Hoje também foram conhecidos os números do Eurostat para a Investigação e Desenvolvimento na Europa. Os dados referentes a Portugal - que já tinham sido dados a conhecer por instituições nacionais - mostram que em 2007 a I&D mereceu um investimento nacional de 1,9 mil milhões de euros, representando 1,18 por cento do PIB.

Os números do Eurostat dizem ainda que em Portugal no ano de 2007 estavam ligadas a actividades de I&D 34.593 pessoas empregadas, o que representava 0,9 por cento da população activa.

No final de mesmo ano 41,3 por cento das empresas portuguesas mantinham actividades de inovação.

Nota de redacção: A notícia foi actualizada com informação divulgada pelo Eurostat.




Cristina A. Ferreira