Foi em maio último, num dos maiores eventos da indústria de videojogos na Europa – Nordic Game, que os partners da BOLD International decidiram criar um centro de competências na área de desenvolvimento de videojogos e experiências narrativas interativas.
E assim nasceu a Collide, que fornece serviços e desenvolve produtos para estas mesmas áreas, nomeadamente na criação de soluções interativas e multiutilizador para Realidade Virtual, liderada por Tiago Loureiro, um profissional com mais de 13 anos de experiência na indústria dos videojogos.
“É um mercado que tem muito por explorar, que não se encontra muito saturado”, referiu o diretor da Collide em declarações ao TeK, justificando a aposta. “Acreditamos que nos poderá dar o estatuto de pioneiros”.
Tiago Loureiro nota que atualmente já existem plataformas para uso doméstico que permitem aos utilizadores correrem aplicações e jogos em Realidade Virtual. “A tendência é este mercado massificar-se ao ponto de uma grande parte dos consumidores possuírem pelo menos um sistema de Realidade Virtual”.
Embora com pouco tempo de atividade, o negócio corre bem à Collide, muito graças à experiência e contactos acumulados pelos seus promotores ao longo dos últimos anos. A startup está por isso a conseguir estabelecer presença no mercado, tanto a nível nacional, como internacional, maioritariamente no norte da Europa e nos Estados Unidos.
Tiago Loureiro garante inclusive que não têm sentido dificuldades ou barreiras pela localização geográfica. “O nosso mercado está habituado a uma presença global e a presença física não tem um impacto prejudicial na nossa operação”.
Embora atualmente esteja a colocar mais peso na área dos serviços, com o objetivo de garantir um crescimento sustentável da operação, a estratégia da Collide passa também pelo desenvolvimento dos seus próprios produtos, particularmente nas áreas da realidade virtual, inteligência artificial e multiutilizador.
A empresa conta ter produtos próprios no mercado entre o final do ano de 2016 e início de 2017. “Trata-se de uma solução multiutilizador e multiplataforma para realidade virtual, onde vários utilizadores poderão estar ligados no mesmo espaço virtual e interagir entre si e com objetos desse mesmo espaço”, explicou ao TeK.
Olhando para a Realidade Aumentada e Realidade Mista como sectores também em crescente expansão, a aposta da Collide tem sido maioritariamente em Realidade Virtual “onde focamos em interfaces state-of-the-art, que nos permitem fazer demonstrações de soluções com um maior potencial, sem nos restringir às limitações técnicas de uma plataforma, em particular”.
O responsável argumenta que a realidade virtual está para ficar e em breve será mais uma forma de poder comunicar e trabalhar. “Uma forte validação desta tendência foi obtida no passado Oculus Connect 3, onde Mark Zuckerberg demonstrou uma solução para o Facebook onde estava incluído grande parte do feature set que temos neste momento em desenvolvimento no nosso produto”.
A startup está neste momento a trabalhar no desenvolvimento de títulos para Playstation VR, HTC Vive e Samsung Gear VR, uma demonstração de serviços para a empresa Loggly nos Estados Unidos e a apoiar um estúdio num projeto para PC, Mac e consolas.
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