O regulador sul-coreano das atividades concorrenciais quer penalizar a Qualcomm em cerca de 853 milhões de dólares pela alegada monopolização do mercado. De acordo com a Bloomberg, a fabricante de processadores de San Diego (EUA) é acusada de impingir aos seus clientes na Coreia do Sul contratos assentes em termos injustos, não negociáveis e que têm como objetivo fazer crescer a quota de mercado da empresa no país através do prejuízo da concorrência.
Um especialista em litígios de patentes acredita que o veredito da autoridade reguladora não só vai beneficiar os fabricantes locais de dispositivos móveis, como outras marcas de processadores em todo o mundo.
Jung Dong-joon acrescenta ainda que a Coreia do Sul representa cerca de 20% do total de vendas da Qualcomm.
Segundo consta, a empresa norte-americana já reagiu ao veredicto do órgão sul-coreano, dizendo que é “insuportável” e que vai recorrer da decisão.
Não é a primeira vez que a Qualcomm se encontra envolvida num caso de concorrência desleal. Em fevereiro de 2015, as autoridades chinesas acusavam-na de obrigar os seus clientes locais a pagarem preços demasiado avultados para terem acesso às suas tecnologias patenteadas.
Como resultado, além de uma coima de 975 milhões de dólares que foi obrigada a pagar, a fabricante de chips fez algumas concessões, entre as quais a redução do preço cobrado às marcas de dispositivos que utilizam os seus processadores.
Caso este cenário se venha a repetir, a Samsung, “nascida e criada” na Coreia do Sul, será muito provavelmente um dos grandes beneficiários deste processo, tendo em conta que é o segundo maior cliente da Qualcomm.
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