A guerra continua sem perder vigor entre os taxistas e as plataformas digitais de transporte. A Federação Portuguesa do Táxi (FPT) e a ANTRAL exigem que estes serviços sejam impedidos de operar enquanto não forem devidamente legalizados e regulamentados.

Segundo a agência Lusa, os representantes do setor dos táxis reuniram-se esta terça-feira com elementos do Ministério da Administração Interna. Para além de reiterarem a ilegalidade dos serviços edigitais de transporte, a FTP e a ANTRAL declararam que, ao abrigo das leis vigentes, as forças policiais têm o dever de apreender os carros utilizados pela Uber e Cabify, da mesma forma que confiscam os objetos com os quais são cometidos crimes.

O presidente da FTP, Carlos Ramos, em declarações à agência noticiosa, disse que enquanto não forem devidamente legalizadas, estas plataformas devem ser impedidas de operar. O responsável afirmou ainda que não é contra a existência destes serviços, mas sim contra o facto de operarem à margem da Lei. Ele garantiu que se estas exigências não forem satisfeitas, tanto a FPT como a ANTRAL vão avançar com as manifestações planeadas para setembro.

O Governo português está a preparar-se para divulgar um conjunto de novas medidas que visam enquadrar legalmente serviços como o da Uber e da Cabify, o que deverá por termo à animosidade expressa pelos profissionais do sector dos táxis. Como o TeK já divulgou, estas regras devem ser apresentadas no final deste verão.

A Uber chegou a Portugal em julho de 2014.